Hell Freezes Over: heavy metal analógico
Subsolo 7 de Setembro, 2020 Metal Hammer

Origem: Japão
Género: heavy/thrash metal
Último lançamento: “Hellraiser” (2020)
Editora: Carnal Beast
Links: Facebook | Instagram
Entrevista e review: Diogo Ferreira
Com puro metal clássico a correr-lhes nas veias, os nipónicos Hell Freezes Over trazem a sua sonoridade rasgada até ao Ocidente.
«Queremos levantar questões. Neste mundo de conveniência, o que achas que é realmente importante? Numa palavra: simplicidade ou facilidade?»
Novo lançamento: «Lançámos o nosso primeiro álbum “Hellraiser” a 26 de Agosto de 2020. O álbum foi gravado em fita analógica e nada foi editado em computador. Além disso, as back-tracks são gravadas ao vivo. Pensámos muito nisso, porque temos dois objectivos com este álbum. O primeiro é fazer com que o mundo ouça o nosso som e a nossa música, não apenas no Japão. Em segundo lugar, queremos levantar questões. Neste mundo de conveniência, o que achas que é realmente importante? Numa palavra: simplicidade ou facilidade? Pense-se nisso. Este álbum é a antítese desse mundo. Este álbum foi feito para questionar a fundação deste mundo. Esperamos que esta seja uma oportunidade para os ouvintes terem tempo para pensar.»
Produção: «Todo o álbum, além do videoclipe de “Overwhelm”, foi gravado totalmente em analógico. Decidimos ir totalmente pelo analógico porque era a melhor combinação para o nosso estilo de metal e, honestamente, porque sempre o quisemos experimentar. O nosso último EP foi uma gravação digital. Foi um processo meticuloso de se fazer. Embora tenhamos usado um método não-contemporâneo, a gravação não conseguiu captar o que queríamos expressar. Não queríamos nenhum arrependimento desta vez. Decidimos que seria analógico ou nada, e até filmámos o videoclipe em 16mm. Fomos meticulosos. Quando assistirem ao vídeo e ouvirem o álbum, queremos que sintam a nossa paixão. A paixão estava no centro de tudo. Queremos que ouçam, vejam e sintam este disco com todos os cinco sentidos!»
Sonoridade e influências: «No EP não usámos efeitos, e em vez disso tocámos com os amplificadores no volume máximo para nos expressarmos. Mas desta vez, partimos para esta peça com mais atenção aos instrumentos e à gravação. Por causa da inspiração nas músicas dos anos 70 e 80, usamos instrumentos fabricados por volta dos anos 80 para trazermos esse som de volta ao Séc. XXI com uma nova essência musical. Não é apenas uma mera repetição do passado. Quanto à gravação, não se trata apenas de ser analógica, pois tentámos captar a atmosfera entre cada um dos membros. Por outras palavras: sons ambientais do espaço. Actualmente, quase todas as faixas gravadas têm sons bem separados para cada parte. Mas o nosso pensamento sobre o som da banda é misturado e groovy. É por isso que as back-tracks são gravadas ao vivo. Podem sentir isso através dos nossos sons.
Os artistas pelos quais fomos mais influenciados são Metallica, Dio, Megadeth, Queen e assim por diante. Todos faziam gravações analógicas. A música deles explode pelos salões dos deuses, e queríamos honrar essa tradição ao fazermos a nossa própria gravação inteiramente analógica.»
Review: Aquele bom e velho riff heavy metal de que tanto gostamos… Pronta para conquistar o mundo a partir de terras nipónicas, a banda de Tóquio possui uma sonoridade que muito se equipara ao que as bandas da Bay Area fizeram: inspiram-se na NWOBHM e evoluem para algo mais pesado e esgalhado – sim, o eterno thrash metal. Encontra-se uma ou outra reminiscência mais directa de Judas Priest ou Metallica, mas estão no caminho certo e a execução é excelente.

Metal Hammer Portugal

Grievance “Nos Olhos da Coruja”
Reviews Dez 4, 2020
Oldblood “Arms to the Sky”
Reviews Dez 1, 2020
Iron Savior “Skycrest”
Reviews Dez 1, 2020
Vanden Plas “The Ghost Xperiment – Illumination”
Reviews Nov 30, 2020
Massive Destruktion: mercenários à solta
Subsolo Dez 2, 2020
Dawnwalker: a um passo do fim
Subsolo Dez 1, 2020
Panssarituho: de brutos para brutos
Subsolo Nov 30, 2020
Ecpatía: estado maníaco-depressivo
Subsolo Nov 30, 2020