Dos EUA, os Nox Sinister enquadram-se no panorama heavy/thrash metal da velha-guarda para, de forma muito teatral, criarem um ambiente medieval.

Origem: EUA
Género: heavy/thrash metal
Último lançamento: “Violent Overture” (EP, 2020)
Editora: MJV Productions
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Entrevista e review: Diogo Ferreira

Dos EUA, os Nox Sinister enquadram-se no panorama heavy/thrash metal da velha-guarda para, de forma muito teatral, criarem um ambiente medieval.

«Queríamos dois ingredientes principais: agressão e teatralidade.»

Último lançamento: «Queríamos criar um álbum que fosse uma boa apresentação do nosso som. Queríamos dois ingredientes principais: agressão e teatralidade. Algumas faixas já tinham sido escritas antes de nos juntarmos como banda. O nosso guitarrista Nobody tinha músicas que me trouxe, escrevi algumas letras e gravei. Queríamos que este lançamento mostrasse quem somos como banda, temática e musicalmente. E queríamos inserir um tipo de ar medieval em muitas das nossas coisas.»

Conceito: «A peça central deste álbum é uma faixa chamada “The Tragedy of King Richard III”. Na peça de Shakespeare, Richard é um vilão distorcido, deformado e malévolo que sonha com a soberania porque não há outro propósito terreno para si. Queríamos criar um hino do mal que a personagem merece, porque tematicamente ele é demasiado porreiro para não ter uma música de metal sobre si. Fora isso, apenas gostamos de escrever músicas sobre como lutar contra hordas e fatiar inimigos.»

Referências: «Gostamos de Judas Priest, Iron Maiden, Death Angel e Exmortus, para citar alguns. E também gostamos de bandas que adicionam muitos elementos externos à sua música, como Powerwolf com toda a sua configuração de música de igreja assustadora. Também há muita inspiração em Symphony X e Behemoth. Quando nos juntámos, queríamos evocar esse tipo de agressão maior do que a vida. Queríamos um thrash de tirar o fôlego que se encontre com a teatralidade do metal da velha-guarda. O título “Violent Overture” é uma referência a isso. Violento como o thrash e aberto como o início de uma ópera. Queríamos que fosse uma abertura barulhenta, raivosa e teatral. Como o início de uma peça de Shakespeare realmente brutal.»

Review: Conceptualmente inspirado em Shakespeare, entre outro nomes literários, e até algum sadismo, Nox Sinister revela as suas interpretações através de um heavy/thrash metal tipicamente norte-americano, um que é mais duro e cru do que o europeu, especialmente se compararmos EUA com Reino Unido. Para além de um corpo musical que melhor se mostra com riffs rasgados e compactos, temas como “Irefully” demonstram também virtuosismo na altura que um solo tem de ser cuspido. Indicado para os mais rijos.

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