No seguimento da saída de Fernanda Lira (voz, baixo) e Luana Dametto (bateria) das Nervosa, surgem as Crypta que, na realidade, já se formaram...

No seguimento da saída de Fernanda Lira (voz, baixo) e Luana Dametto (bateria) das Nervosa, surgem as Crypta que, na realidade, já se formaram em Junho de 2019. À dupla juntam-se ainda as guitarristas Sonia Anubis (Burning Witches) e Tainá Bergamaschi (ex-Hagbard).

Num post no Facebook anunciaram que o som de Crypta remete às influências old-school do death metal, algo que já se fazia sentir com o álbum “Downfall of Mankind” (Nervosa). Esquecendo um pouco a saída das fileiras de Nervosa, a Metal Hammer Portugal falou com Fernanda Lira sobre se a sonoridade de Crypta é o passo que desejavam há algum tempo e sobre o que nos podem dizer sobre o que nos vão oferecer musicalmente. «Em Nervosa o foco era mais o thrash metal, mesmo com alguns elementos de death metal. Já em Crypta, as composições são completamente direccionadas ao death metal, principalmente às suas raízes na velha-escola do género, mesclando um pouco de cada sub-vertente. As integrantes de Crypta influenciam-se de maneiras diferentes de acordo com o que cada música pede, sempre voltadas ao death metal, claro. Então numa mesma canção, uma de nós compõe um riff mais característico do old-school da Florida, a outra entrega um riff mais puxado para o death polaco, e, de repente, uma bateria que nos remete às antigas bandas do género da Suécia. Então, as músicas acabaram por se tornar num caldeirão de diferentes vertentes old-school do death metal, o que vem soando bem bacana! Eu, particularmente, amo o thrash e o death metal da mesma maneira, mas a ideia inicial era que Crypta fosse um projecto paralelo – então conseguia dividir bem na minha cabeça qual riff serviria melhor para uma banda e qual para outra, mas agora que é meu único e principal foco, a minha mente está totalmente voltada para composições nesse género.»

Também foi revelado que estão a trabalhar na finalização das novas músicas, restando apenas gravá-las. Sabendo que poderá ser um processo algo demorado, perguntámos para quando se pode esperar o primeiro álbum de Crypta e se um acordo com uma editora grande também está nos planos, tendo em conta que tanto Fernanda como Luana já percorreram o globo e estiveram ligadas a editoras como a Napalm Records. «Ainda é difícil dizer, principalmente porque estamos a fazer tudo com bastante calma, focando-nos primeiramente na qualidade das músicas e depois quanto ao seu lançamento. Mas já estamos bastante adiantadas e já temos várias músicas prontas, ou faltando alguns detalhes apenas. Então, pensamos em já gravar algo assim que a questão da quarentena se estabilize por aqui no Brasil. Não vemos a hora de poder compartilhar com todos vocês! Quanto à uma editora, sem dúvidas está nos planos, queremos que o maior número possível de pessoas tenha a oportunidade de escutar a nossa música, então uma boa distribuição é essencial. Já recebemos algumas propostas e no momento certo as analisaremos e escolheremos a que melhor se encaixa às nossas necessidades.»

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