Inicialmente conhecido no universo metal como vocalista dos Cannibal Corpse, Chris Barnes saiu da banda em meados dos 1990s, deixando para trás um legado...

Inicialmente conhecido no universo metal como vocalista dos Cannibal Corpse, Chris Barnes saiu da banda em meados dos 1990s, deixando para trás um legado intocável com álbuns como “Eaten Back to Life” (1990) ou “Tomb of the Mutilated” (1992).

Pode ter saído de uma das bandas mais pioneiras e importantes do death metal, mas a sua carreira não iria ser terminada. Em 1995, sob Six Feet Under, lançou o álbum “Haunted” e, desde então, tem desenvolvido a sua criatividade com esse nome.

Amante dos primórdios do metal e do punk, em 2000, Barnes e os seus Six Feet Under prestaram homenagem a bandas como Black Sabbath, Accept, Angel Witch, Dead Kennedys, entre outras, através de covers disponibilizadas no lançamento “Graveyard Classics”.

A experiência não ficou por aí e, 2004, lançaram “Graveyard Classics 2”, desta vez um conjunto de versões apenas dedicadas a AC/DC e ao álbum “Back In Black”, editado em 1980.

À Revolver Mag contou como teve contacto com esse disco. «Estava numa loja de discos em Buffalo, Nova Iorque, à procura de um álbum em cassete e vi uma exibição do novo álbum de AC/DC e tinha de o ter. Adorei o “Dirty Deeds…”, por isso tinha de ter o novo! Toquei-o tanto que o meu pai passou-se comigo enquanto conduzia e atirou-o janela fora. Comprei outro.» Em jeito de remate, Chris Barnes atira: «Para mim… é um álbum perfeito.»

Considerado um dos maiores discos de rock n’ roll da história, “Back In Black” sempre teve o respeito de Chris Barnes, acabando, por outro lado, por surpreender Steve Swanson, guitarrista de Six Feet Under à época. Barnes recorda: «Disse-me, depois da sessão de gravação, como as partes de guitarra eram mais difíceis do que esperava, e penso que isso foi desafiador e abriu-lhe novas ideias.»

Depois das duas primeiras empreitadas a homenagear os seus ídolos, à data desta publicação, os Six Feet Under lançaram ainda “Graveyard Classics III” (2010) e “Graveyard Classics IV: The Number of the Priest” (2016), este que, como o título indica, é dedicado a Iron Maiden e Judas Priest.

Tido como lançamentos mais pessoais, divertidos e até experimentais (tendo em conta que se transforma heavy metal e hard rock em death metal), os álbuns de versões feitas pelos Six Feet Under nunca angariaram as melhores críticas…