Uma força bruta e sem misericórdia, um combate constante contra um inimigo que se esconde nas mais grossas paredes congeladas.

Editora: Century Media Records
Data de lançamento: 08.01.2021
Género: death metal
Nota: 3/5

Uma força bruta e sem misericórdia, um combate constante contra um inimigo que se esconde nas mais grossas paredes congeladas.

Após uma maquete e dois splits, o selo de aprovação foi concedido aos Frozen Soul, estreando-se assim com o primeiro LP através da Century Media Records.

Conforme o nome da banda e o título do álbum indicam, a sonoridade destes texanos está inteiramente ligada a ambientes glaciares, criando-se uma atmosfera azulada e sem vislumbre de cores mais quentes, como o vermelho ou o laranja, que nos fazem automaticamente pensar em calor.

Riff após riff, os Frozen Soul são proeminentes a gerar um sentido de isolamento e sofrimento, como se de eremitas árticos se tratassem. Nada aqui é subtil. Pelo contrário, cada faixa é mais uma camada de peso e claustrofobia adicionada ao icebergue.

Numa altura em que novas bandas de death metal prestam homenagem às lendas do género, há também quem estenda as suas habilidades aos limites do tecnicismo. Neste caso, os Frozen Soul adequam-se mais à primeira observação, mantendo tudo simples e directo, muito na escola de uns Bolt Thrower, algo que se nota perfeitamente quando o disco arranca com o tema-título.

Esta estreia é uma força bruta e sem misericórdia, um combate constante contra um inimigo que se esconde nas mais grossas paredes congeladas, mas por mais bem executado e bem produzido que seja (está tudo muito equilibrado e o baixo gordo é fortíssimo quando audível), a tal simplicidade, tantas vezes importante, não convence plenamente. Por outras palavras, não há um momento particular que se distinga no todo que é o álbum durante os seus quase 40 minutos.