Uma sonoridade densa e coesa que mistura grandes doses de black, doom, death, sludge e post-metal com muita agressividade, técnica e...

Editora: independente
Data de lançamento: 06.11.2020
Género: black/death/doom metal
Nota: 4/5

Uma sonoridade densa e coesa que mistura grandes doses de black, doom, death, sludge e post-metal com muita agressividade, técnica e riffs fantasmagóricos!

Os ingleses Cult Burial, com o português César Moreia na formação, têm no seu álbum homónimo a estreia com uma sonoridade densa e coesa que mistura grandes doses de black, doom, death, sludge e post-metal com muita agressividade, técnica e riffs fantasmagóricos!

Vale a pena mencionar que por ser composto por um trio e gravado de forma independente, a massa sonora criada é realmente impressionante, assim como a qualidade das composições, gravação e mistura. Durante as suas nove faixas e quase 45 minutos de duração, “Cult Burial” transborda energia e agressividade de maneira tão viva que é angustiante (optimamente, claro).

Os destaques deste discaço ficam por conta de “Dethroner”, faixa que abre o álbum e dita o ritmo enfurecido que permeia todo o trabalho, com riffs furiosos e acelerados, emanando energia e peso do início ao fim. “Abyss” traz elementos clássicos do death metal na sua estrutura (destaque para os óptimos vocais que intercalam gritos, grunhidos, sempre na medida certa e empregados com muito bom gosto) e “Kill” é música mais cadenciada e com aquela violência enjaulada clássica do doom metal. Vale a pena ressaltar que todo o disco merece a tua audição – não te vais arrepender!

No seu primeiro disco, os Cult Burial não inovam nem revolucionam, mas executam com extrema competência o que propõem. A estreia dos britânicos tem de ser ouvida por amantes de metal pesado, ou pelo menos por fãs dos estilos acima mencionados, porque, pelo que ouvimos agora, a banda tem um caminho brilhante pela frente e podemos dizer que, com este belo disco, entram com o pé direito no cenário da música extrema.