“Only Death Can Save You” demonstra o valor dos Beheaded, contendo elementos brutais e explosivos com muito do que o death metal deve conter.

Editora: Agonia Records
Data de lançamento: 14.06.2019
Género: death metal
Nota: 4/5

Após o sucesso de “Beast Incarnate” (2017), os Beheaded, provenientes de Malta, trazem de volta a sua sonoridade death metal e altamente caótica em “Only Death Can Save You”. A receita repete-se, mantendo uma fórmula que acaba por resultar num álbum consistente e bastante poderoso.

Os Beheaded têm a rara capacidade de instalar o caos nos seus álbuns – aliás, isso é algo fácil de fazer, mas difícil de manter –, conseguindo produzir álbuns críticos e caóticos instrumentalmente. Crê-se que este poderá ser o melhor disco do grupo em termos técnicos e de desempenho. No entanto, a frase anterior poderá ser demasiado controversa para os fãs mais ferrenhos do grupo de Malta. Na verdade, não é muito comum conseguir ouvir uma banda que mantém um som tão fresco e perceptível, conseguindo continuar um rumo sonoro muito ‘melódico’ com faixas bem estruturadas e ‘agradáveis ao ouvido’.

A banda esforça-se por demonstrar a sua personalidade em cada música, elevando a fasquia de faixa para faixa, sem nunca comprometer a inovação instrumental com uma bateria que parece que foi libertada de uma jaula; crê-se que, neste álbum, a bateria foi o instrumento que mais se revelou e melhorou face a discos anteriores. Diverso é outro dos adjectivos que se podem usar para descrever este “Only Death Can Save You”, contendo desde faixas brutais que vão criar um impacto significativo nos vossos tímpanos a faixas instrumental e tecnicamente ricas, com implementação de diversos tempos e variações. Chama-se à atenção temas como “The Charlatan’s Enunciation”, “A Greater Terror”, “Embrace Your Messiah”, “Unholy Man” e  “From the Fire Where It All Began”, esta que encerra.

“Only Death Can Save You” demonstra o valor dos Beheaded, apresentando elementos brutais e explosivos com muito do que o death metal deve conter. O grupo consegue ainda implementar alguma inovação, com faixas muito movidas pelas guitarras de Omar Grech e Simone Brigo, e pela poderosa bateria de Davide Billia. Caos e destruição de qualidade numa das referências do death metal deste ano.

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