Bay Area: 10 músicas que ficam para a História
Artigos 3 de Junho, 2019 Metal Hammer
Com um novo lançamento de Death Angel, a memória ainda fresca da mais recente actuação de Metallica em Portugal e com os Possessed com data marcada para passarem por cá em Junho, se há algo que podemos falar é da cena musical que floresceu na Bay Area de São Francisco durante os anos 1980 e 1990 e que deu ao mundo não grandes, mas gigantescos nomes da cena thrash e death metal.
Dizer que estas são as dez melhores músicas alguma vez compostas seria presunçoso e um fechar de portas para outros grandes temas destas e doutras bandas que surgiram desta tão prolífera zona dos Estados Unidos, e também se pede que não olhem a listagem como uma contagem decrescente para o melhor tema ou vice-versa, mas sim apenas como uma selecção de dez temas.

SLAYER – Raining Blood (Reign in Blood, 1986)
Nós sabemos: os Slayer não são originários da Bay Area, mas a sua ligação às bandas que daí vieram e a forma como ajudaram a desenvolver a cena dá-lhes o direito a que possam estar presentes nesta lista. Aliás, que melhor maneira de se começar a escrever sobre o assunto do que com um dos mais icónicos temas de um dos quatro deuses do thrash? O também icónico riff que acompanha esta malhona é simplesmente inesquecível: quer se tenha ouvido ontem ou há trinta anos, “Raining Blood” reina com supremacia nas categorias dos melhores temas de Slayer e dos mais memoráveis do universo metal.
METALLICA – For Whom the Bell Tolls (Ride the Lightning, 1984)
Ora bem, já todos sabíamos que iria existir pelo menos uma música de Metallica aqui; portanto, vamos já tratar da ansiedade e ir para 1984, ano em que saiu o segundo álbum da banda: “Ride The Lightning”, o disco que os catapultou para um patamar muito acima de muitas outras bandas do género. “Fade To Black” e a veloz “Fight Fire With Fire” são outros excelentes temas que podiam estar aqui, mas “For Whom the Bell Tolls” injecta a melodia, a catchiness e a intensidade que definiram o trabalho da banda nos anos que se seguiram, mantendo-se uma presença obrigatória nos concertos.
POSSESSED – Twisted Minds (Seven Churches, 1985)
Os Possessed são considerados uns dos pais do death metal com o seu álbum debutante “Seven Churches”, um disco de um thrash mais violento e malicioso que trazia todo o produto em bruto do que veio a definir um dos maiores estilos dentro do metal. “Twisted Minds” tem em si a destruição mas também controlo no turbilhão de riffs. Puro e estrondoso ainda hoje em dia.
EXODUS – Blacklist (Tempo of the Damned, 2004)
Uma verdadeira bomba de riffs agressivos e de momentos que ficam bem marcados na memória. Infelizmente, os Exodus sempre viveram à sombra de outros nomes maiores do subgénero, tendo em conta que foram uns dos pioneiros do thrash da Bay Area, mas quem os conhece não tem qualquer problema em colocá-los ao nível dos grandes internacionais do estilo.
TESTAMENT– More Than Meets The Eye (The Formation of Damnation, 2008)
“The Formation of Damnation” não é um clássico do thrash, nem é considerado dos melhores da banda, mas “More Than Meets The Eye” é uma senhora malha que não deixa ninguém indiferente. Um retorno aos tempos áureos dos Testament num tema poderosíssimo que bem merece estar nesta lista.
BLIND ILLUSION – Vengeance Is Mine (The Sane Asylum, 1988)
Este nome é capaz de ser desconhecido para muitos, mas a qualidade merece ser falada. Trata-se de uma banda de thrash/prog metal fundada em 1979 que incluiu membros de Exodus e Possessed. Até aos dias de hoje, já passaram uma série de músicos pela formação dos Blind Illusion, tendo a banda lançado dois álbuns, em que destacamos o primeiro “The Sane Asylum”, de onde vem esta fantástica “Vengeance Is Mine”.
DEATH ANGEL – Voracious Souls (The Ultra-Violence, 1987)
“The Ultra-Violence”, o disco debutante dos Death Angel, é um espécime perfeito de thrash. Em poucas palavras, representa perfeitamente aquilo que sempre se quis de um disco do género: destruidor e orelhudo. “Voracious Souls” é um tema embaixador dos Death Angel de 1987.
EXODUS – The Toxic Waltz (Fabulous Disaster, 1989)
Esta música de 1989 não podia caracterizar melhor o metal na época. Um verdadeiro hino ao headbanging e ao espírito de rebelião e força que tinha explodido nos primeiros anos do thrash.
DEATH ANGEL – The Pack (Humanicide, 2019)
Vamos agora olhar para os Death Angel de 2019, não porque lançaram um novo álbum mas porque a banda teve um hiato de dez anos em que os seus membros estiveram activos numa banda de heavy metal chamada The Organization, tendo regressado em 2001. No entanto, o regresso dos Death Angel não foi muito marcante. O trabalho do passado continuava a falar mais alto e foi preciso aguardar até ao lançamento de “The Evil Divide” (2016) para ver que a banda tinha retomado a sua potência inicial e que tinha voltado a escrever grandes malhas de thrash. Se “Humanicide” vai manter o calibre ainda se está para apurar, mas “The Pack” aponta para que sim.
METALLICA – One (…and Justice for All, 1988)
Aqui está um tema que seria obrigatório neste artigo. “One” não é apenas uma das baladas mais famosas dos Metallica (e que se entenda como meia-balada, já que o tema não termina nos quatro minutos). “One” consolida em si o melhor que os Metallica sabem fazer: uma melodia triste e bela, uma letra impressionante baseada no relato de um sobrevivente da Primeira Guerra Mundial, uma segunda metade cheia de ira e de virtuosismo nas guitarras.
(Esta é uma selecção pessoal de Tiago Neves)
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