Mystica: orações sombrias
Subsolo 7 de Fevereiro, 2020 Metal Hammer
Origem: Bulgária
Género: progressive metal
Último lançamento: “Oratorio” (2019)
Editora: Balkandji Studio
Links: Facebook | Bandcamp
Entrevista: João Correia | Review: Diogo Ferreira
Os búlgaros Mystica apostam em criar metal progressivo dando uso às tradições balcânicas que partilham com ele.
“A atracção pelo misticismo está integrada em cada um de nós, inspirando os criadores e dando ímpeto à arte”
O que esperar: «A música no álbum é dirigida a uma ampla variedade de ouvintes. Há algo para todos os interessados em metal. Para o ouvinte mais despretensioso, a música parecerá melodiosa e afinada. No entanto, os conhecedores mais exigentes têm muito para ouvir – há pronúncias interessantes, mudanças de ritmo, uníssonos, notas de uma boa combinação de vozes masculinas e femininas. O estilo é metal progressivo, o que enfatiza um som sólido, mas com resoluções melódicas de muitos instrumentos. Há menos ênfase na improvisação, ao contrário do jazz, mas mais nos pontos de interesse pré-sincronizados especificados no processo musical.»
Conceito: «Os fenómenos inexplicáveis têm inspirado o Homem desde tempos antigos. Não é por acaso que práticas e rituais místicos fazem parte da história de todas as civilizações e culturas, incluindo o folclore búlgaro que utilizamos na nossa música. A atracção pelo misticismo está integrada em cada um de nós, inspirando os criadores e dando ímpeto à arte. Para nós, Mystica é exactamente essa inspiração, que transformamos na nossa música através do prisma das nossas percepções.»
Influências: «A evolução da nossa música deve-se às nossas decisões do dia-a-dia, que nos trazem até hoje, incluindo o desenvolvimento da música mundial como um todo. A actualidade é maravilhosa e cheia de desafios, lições, ideias… e isso torna-a mística. Algumas das bandas que nos inspiram são Dream Theater, Toto, Kansas, Circle to Circle, Evergrey, Circus Maximus, King Diamond e Memento Mori.»
Review: Búlgaros, os Mystica comemoraram os seus 20 anos de carreira com o EP “Oratorio”, uma montra do seu rock/metal progressivo pejado de vozes melódicas partilhadas entre masculino e feminino. Por seu lado, os teclados, por vezes simples mas eficazes na hora de oferecer harmonia, também têm algo a dizer se atentarmos a faixas como a de título homónimo. Já as guitarras, que podiam ser um pouco mais vigorosas, apresentam-se afiadas e certinhas. Experiência e groove podem ser sentidos através do baixo e da bateria. Interessante, orelhudo e complexo q.b..

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