O guitarrista dos Slipknot, Mick Thomson, revela os discos que o moldaram. Mick Thomson (Slipknot): os álbuns que mudaram a minha vida

O guitarrista dos Slipknot, Mick Thomson, revela os discos que o moldaram.

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O primeiro álbum que comprei foi…
Kiss – Destroyer (Casablanca, 1976)
«Foi o primeiro LP que não precisei de partilhar com o meu irmão e comprei-o por 25 cêntimos numa venda de garagem. Tinha uns sete anos. Tinha ouvido falar de Kiss, mas a capa do disco era incrível e deixei marcas por todo lado, por onde percorri o artwork tantas vezes.»

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O meu artwork favorito é…
Kiss – Alive II (Casablanca, 1977)
«Não é necessariamente o melhor, mas o artwork de “Alive II”, com o suor do Gene a escorrer, o sangue a sair da boca e a maquilhagem a escorrer, teve uma influência profunda em mim. É só olhar para a minha própria banda para ver o quanto.»

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O álbum com que ultrapassei o limite de velocidade foi…
Malevolent Creation – Envenomed (Arctic Music, 2000)
«Estava num veículo com o Phil de Malevolent Creation e outros amigos na Flórida, e eles estavam a tocá-lo para mim antes de ser lançado. Estávamos a acelerar e acabámos por colidir com a traseira de um carro que ia à frente! Ultrapássamos mesmo o limite de velocidade.

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O álbum que gostava de ter feito é…
The Rolling Stones – Exile On Main Street (Rolling Stones, 1972)
«Mostrem-me um disco melhor de cima a baixo. Cada música é incrível e é um álbum duplo, então são muitas músicas incríveis. Começa a rebentar e é intocável. Um dos melhores discos de todos os tempos.»

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Se alguém jovem me perguntar o que é metal, dar-lhe-ia uma cópia de…
Deicide – Deicide (Roadrunner, 1990)
«Dependeria da vibe e, obviamente, há “The Number Of The Beast” e “Master Of Puppets”, mas isto é completamente cru, com excelentes riffs e é incrivelmente furioso. A gravação não está limpa, e quando o ouvi pela primeira vez em 91 ou 92 foi tão extremo. Os solos são caóticos, são totalmente satânicos. Este e o “Once Upon The Cross” são excelentes.»

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O álbum que quero que toque no meu funeral é…
Electric Six – Fire (XL, 2003)
«Electric Six é uma banda incrível. Conseguem escrever uma música cativante e engraçada, e ainda assim inteligente. Acho que seria excelente tocar isto numa ocasião solene. Não consegues ficar em baixo quando este disco toca.»

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O meu álbum favorito para treinar é…
Flotsam & Jetsam – Doomsday For The Deceiver (Metal Blade, 1986)
«A velocidade das músicas, e coisas como “She Took An Axe”, que é uma música sobre a [suposta assassina do machado em 1892] Lizzie Borden, são realmente rápidas e estabelecem uma mentalidade agressiva que é boa para treinar. Os dois primeiros álbuns do Flotsam & Jetsam não falham.»

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O álbum com que quero ser recordado é…
Slipknot – Slipknot (Roadrunner, 1999)
«É impossível, porque cada álbum é diferente e todos eles tornam-nos na banda que somos, mas este álbum lançou-nos. Tivemos anos para fazer este álbum e, com todo o tempo do mundo e sem pressão, apenas tocámos com total liberdade. É muito honesto e sentimos essa merda. Dedicámos um período para torná-lo o mais desagradável que quiséssemos e acho que resiste ao tempo.»

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Ninguém acreditaria que tenho uma cópia de…
Fishbone – Trust And Soul (Columbia, 1988)
«O monstro do baixo é uma das razões pelas quais o adoro, mas é exactamente essa merda que te deixa de bom humor. Nalguns dias só preciso de ouvir “Bonin’ In The Boneyard” para ficar pronto.»

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O álbum que não devia existir é…
Metallica – Metallica (Elektra, 1991)
«Agora que estou numa banda, percebo que é preciso parar as repetições ou ficas aborrecido, mas gostei muito dos quatro primeiros álbuns e fiquei horrorizado ao ouvir o “The Black Album”. Senti-me insultado e não o ouvi durante anos, mas isso já acabou. Existem semelhanças com a forma como os Slipknot mudaram? Acho que não, e, além do mais, certamente nunca corto a porra do meu cabelo.»

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