Jinjer: «A jornada foi bastante longa e ainda há algo para alcançar»
Entrevistas 18 de Novembro, 2020 Diogo Ferreira

Fenómeno de popularidade quase repentina no universo metal moderno e técnico com muita inspiração no hardcore, os Jinjer têm vindo a conquistar o mundo desde pelo menos 2016, quando lançaram o segundo álbum “King of Everything” pela Napalm Records. Tatiana Shmailyuk contou à Metal Hammer Portugal como se sente ao fazer parte de uma banda líder no género que toca. «Bem, não sei… É bom, porque a jornada foi bastante longa e ainda há algo para alcançar. Portanto, é muito bom saber que vamos em frente, ainda estamos a crescer. É maravilhoso que tenhas realizado muitas coisas que planeaste no passado, e agora todos os sonhos tornam-se realidade. É maravilhoso!»
Com antecedentes no punk, ska e reggae, será que Tatiana alguma vez se viu a ser uma growler numa banda de metal? Do punk ao grunge e ao nu-metal, Otep foi a grande porta de entrada para a jovem vocalista. «Quando comecei a ouvir música, que ainda ouço, como punk e reggae, continuei a imaginar-me como uma punk-rocker. Com o passar dos anos, comecei a ouvir grunge e depois metal, nu-metal. Depois ouvi Otep – acho que toda a gente sabe que ela é uma das minhas maiores inspirações –, decidi que era por aí que ia.»
Numa altura sem concertos devido à pandemia que assola todo o planeta, algumas bandas estão simplesmente a desistir, enquanto outras têm prosseguido conforme podem com concertos online, EPs surpresa e composição para futuros discos. No caso dos Jinjer, os ucranianos decidiram manter-se ligados aos fãs através do álbum ao vivo “Alive in Melbourne” para eternizarem a sua primeira passagem pela Austrália em Março de 2020. Tatiana fala do que viveu naquele país. «Apenas memórias positivas. Primeiro, como vários fãs sabem, esta foi a primeira vez que tocámos na Austrália no geral e Melbourne, claro – foi tão incrível visitar este país e este continente. Clima maravilhoso, paisagens maravilhosas, animais… Tivemos a hipótese de ir a um refúgio e abraçar koalas e tocar em cangurus – foi maravilhoso! Para além disso, os concertos foram porreiros, as pessoas eram muito hospitaleiras, muito amistosas, e o feedback foi maior do que esperávamos. Fizemos este álbum como parte das nossas memórias e, claro, para partilhar a nossa experiência com outros fãs e, talvez, músicos que nunca foram à Austrália. Queríamos mostrar como é estar-se na Austrália como metaleiros e como metaleiros músicos.»
Seguindo-se a premissa de que as bandas estão sem digressões e confinadas às suas vidas pessoais e aos seus estúdio, será que vamos ter um álbum de Jinjer em 2021? «Tenham a certeza que sim! [risos] Não conseguimos estar quietos. É uma tortura para os músicos estarem de rabo sentado, sem conseguirem fazer nada. Quando passei aqueles seis meses nos EUA [Tatiana esteve meio ano na Califórnia], o Vlad [bateria] e o Roman [guitarra] começaram a escrever novo material. Quando regressei, eles já tinham composto umas quatro músicas. Musicalmente, quatro melodias estão prontas para que eu escreva as letras. Vamos continuar a trabalhar durante o resto do Outono e do Inverno. Tenho umas coisas minhas para tratar e depois, assim que me safar disso, vou-me sentar e escrever mais letras. Provavelmente vou ter de ler uns livros maravilhosos para me inspirar, para conseguir boas letras. Penso que vamos lançar esse álbum lá para o final de 2021.»
“Alive in Melbourne” é o novo álbum ao vivo dos Jinjer e tem data de lançamento a 20 de Novembro de 2020 pela Napalm Records.

Metal Hammer Portugal

Sepulcros “Vazio”
Reviews Mar 7, 2021
Baest “Necro Sapiens”
Reviews Mar 7, 2021
Witherfall “The Curse of Autumn”
Reviews Mar 6, 2021
Acid Mammoth “Caravan”
Reviews Mar 5, 2021
Myronath: culto à Nª Srª da Morte Sagrada
Subsolo Mar 4, 2021
Solo Borges: para a frente é o caminho
Subsolo Mar 4, 2021
Royal Hell: tribunal supremo
Subsolo Mar 2, 2021
Abstrakt: cisma da humanidade
Subsolo Mar 1, 2021