11 bandas sem álbuns maus
Artigos 3 de Abril, 2021 Metal Hammer
Ninguém quer perder tempo a ouvir um álbum mau, e até mesmo os grandes nomes do metal lançaram coisas más. Os Metallica têm “St. Anger”, os Megadeth têm “Supercollider” e os Black Sabbath têm “Forbidden”. É por isso que é tão impressionante quando os artistas conseguem a sequência perfeita, lançando apenas música de qualidade. Eis onze génios que fizeram exactamente isso.
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Tool
Quando os Tool terminaram 13 anos de seca com “Inoculum” em 2019, os pesos-pesados do prog garantiram uma sequência de cinco potências consecutivas. Ouvindo-se o catálogo cronologicamente, dá para sentir a evolução dos californianos, começando-se com o grunge intelectual de “Undertow” e concluindo-se com os épicos até 16 minutos do último álbum. A cada novo disco, Maynard & Cia. aumentam a parada.
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At The Gates
Quando se pensa nos melhores álbum de At The Gates, as nossas mentes seguem geralmente para “Slaughter of the Soul”, o magnum opus do melo-death de 1995. No entanto, os outros álbuns dos suecos também são brilhantes. Seja com a brutalidade directa de “The Red in the Sky Is Ours” e “With Fear I Kiss the Burning Darkness” ou com a sofisticação moderna de “At War with Reality” e “To Drink from the Night Itself”, não dá para falhar.
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Isis
Ao contrário de outras bandas nesta lista, em que cada álbum é forte mas ainda assim com alguns destaques indiscutíveis, as pessoas ficam sempre indecisas sobre qual é o melhor lançamento de Isis. É a estreia com “Celestial”, que ajudou a definir o post-metal? É o cinematográfico “Oceanic”? O mais refinado “Panopticon”? É “Absence of Truth” e as suas vozes limpas? Ou que tal o canto do cisne agridoce que é “Wavering Radiant”? Ninguém sabe, mas uma coisa é certa: são todos álbuns incríveis!
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Carcass
Os Carcass são heróis preponderantes em vários subgéneros. Os dois primeiros álbuns foram peças adoradas na cena grindcore dos 80s, enquanto os 90s e o canto do cisne em “Heartwork” provaram ser fundamentais na formação do death metal melódico e do death n’ roll, respectivamente. Nem mesmo um hiato de quase 20 anos conseguiu parar os britânicos, uma vez que o regresso com “Surgical Steel” fundiu todos os sucessos num caldeirão mórbido.
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The Dillinger Escape Plan
Quando os The Dillinger Escape Plan acabaram em 2017, o guitarrista Ben Weinman disse que o fizeram porque queriam sair por cima e no auge. E, considerando que deixaram um registo impecável, a missão foi cumprida. Os seis álbuns são todos erráticos e obras-primas experimentais do metalcore, sem nenhum elo fraco entre eles. Por onde começar com estes génios? Quase nem importa, já que vais certamente adorar.
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Alcest
Toda a música dos Alcest existe num espectro. De um lado está o bonito shoegaze, do outro o black metal cru. Ao longo dos álbuns, Neige e os seus companheiros têm explorado o território entre esses dois pólos, tornando-se constantemente imprevisíveis. E o melhor é que os franceses brilham sempre, seja com a serenidade de “Shelter” ou com as melodias concisas de “Écailles de Lune”. Tão belos quanto pesados, os Alcest são perfeitos.
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Gojira
A abordagem intensa e pulsante dos Gojira ao death metal técnico nunca ficou ultrapassada, como comprovado ao longo dos seus álbuns. Cada um deles – excepto o emotivo e introspectivo “Magma” – está repleto de crescendos destrutivos alimentados por riffs titânicos e breakdowns. Cada música brutaliza mas também possui noção de melodia, como é sentido em exemplos sublimes como “Gift of Guilt” e “Oroborus”. Até mesmo os EPs vão de bom a genial.
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Death
O baterista Gene Hoglan explicou tudo da melhor maneira quando disse: «Os Death foram pioneiros de três géneros musicais.» Liderados por Chuck Schuldiner, deram forma ao death metal com o álbum de estreia antes de se tornarem mais e mais complexos ao ponto de aprimorarem o death metal técnico com “Human” de 1991. Depois, no harmónico “Symbolic”, a banda tornou-se o primeiro grupo de melo-death da América. Nunca estagnados e sempre revolucionários, os Death estão facilmente entre os grandes nomes de todos os tempos da música pesada.
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Converge
Unindo metal e punk de maneiras muito voláteis, os Converge têm sido uma atracção mundial desde a sua explosão em 2001 com “Jane Doe”. Este álbum é agora saudado como um dos melhores momentos da música pesada, mas todos os outros (antes ou depois) ainda persistem. Quer se vá à velha-guarda com “Halo In A Haystack” ou ao mais recente com “The Dusk In Us”, há a garantia de metalcore com enorme qualidade, que nunca aborrece e que é sempre passado da cabeça.
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Dark Tranquillity
Os Dark Tranquillity, de Gotemburgo, têm testado os limites do melo-death, imbuindo o género com gótico, tech-metal e power metal. Como resultado, a discografia é infalível e sempre dinâmica. Enquanto “The Gallery” é uma reverência do shredding, “Projector” é um triunfo hiper-cativante e “Atoma” está repleto de lamentos arrepiantes. Não são tão populares como At The Gates ou In Flames, mas Dark Tranquillity é a banda mais consistente do death metal sueco.
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My Dying Bride
Como é possível uma banda fazer tantos álbuns fantásticos? Não devia ser, mas os My Dying Bride conseguiram. São mestres do doom metal há 30 anos, levando-o a novos cumes com composições orquestrais e estruturas operáticas. Músicas como “She Is the Dark” e “Your Broken Shore” serão sempre épicas, e até mesmo os desvio da fórmula (ouça-se “34.788% Complete”) mantém grandeza suficiente para funcionar incrivelmente.
Consultar artigo original em inglês.
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