Condenados e entorpecidos: 10 bandas brasileiras de doom/stoner/sludge que tens de conhecer
Artigos 20 de Março, 2021 Metal Hammer
Unholy Outlaw
Do tradicional ao épico, do hard rock ao mais puro ao heavy metal oitentista – esta é a fórmula do quinteto de Mogi Das Cruzes, São Paulo. A banda bebe de cálices benzidos por nomes como Candlemass, Solitude Aeturnus, Trouble e outros seminais da mesma estirpe. Embora não seja um nome novo, a banda só lançou o primeiro álbum “Dark Wings” em 2016. A consagração deu-se com “Kingdom of Lost Souls”, lançado em 2019 através da Black Hearts Records. Um verdadeiro néctar para fãs de um doom metal robusto e melodioso, com uma rifferama imponente e vocais banhados em sentimentos.
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Riffcoven
O power-trio paulista, formado originalmente como duo, aborda a temática hyboriana e do universo fantástico de escritores como Robert E. Howard e descarrega de forma visceral um heavy/doom metal poderoso e massivo, passando por influências de bandas como Electric Wizard, Conan e outros pesos-pesados do stoner e doom. “Cursed” (2019) é o lançamento mais recente – um óptimo EP de 3 faixas lançado pela Abraxas Records.
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Ode Insone
Estabelecida em João Pessoa, na Paraíba, e com a sua fundação datada de 2018, a banda Ode Insone estabeleceu-se rapidamente como um dos nomes mais prolíferos do circuito doom nacional. A sonoridade transita entre o melodic death metal, doom metal e estaciona no gothic praticado na década de 90. As letras em português são ricas em poesia e de recursos filosóficos. A adição de vozes femininas rendeu à banda novas possibilidades e ainda mais beleza à sua personalidade. Desde a formação até aos dias actuais já foram lançados três álbuns: “Relógio”, “A Origem da Agonia” e “Isolamento: Do Silêncio à Poesia”.
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Elephantus
O duo Elephantus é composto pelo baterista Andrei Mamede e pelo vocalista/guitarrista Marcelo Maus (Marte, Espectrovulto). A dupla formada em 2019 carrega para dentro do universo stoner e doom influências do hardcore, da música regional brasileira e da música oriental, resultando numa amálgama única e numa sonoridade pesada e tribal, sendo uma renovação dentro do cenário brasileiro. Estrearam-se em 2020 com o EP homónimo, lançado pela editora digital Electric Funeral Records, e já preparam novo material.
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Deep Memories
One-man-band oriunda de Americana, São Paulo, Deep Memories nasceu em 2016, fruto da mente de Douglas Martins (ex-Desdominus). O seu doom metal recebe fortes doses de death, dark e progressive metal, uma junção de géneros que resulta numa vasta experiência sonora, intrincada, atmosférica e expansiva devido à versatilidade e ao feeling único do seu mentor. O projecto já lançou um EP e um LP, o muitíssimo elogiado “Rebuilding the Future”.
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Mad Monkes
Liderados pelo já conhecido bluesman Felipe Cazaux, Mad Monkees (Ceará) tem percorrendo o seu caminho há alguns anos a oferecer uma massiva sonoridade baseada em stoner rock, metal e blues, proporcionando uma experiência sonora sólida e barulhenta adequada aos mais exigentes ouvintes do rock n’ roll. O trabalho mais recente é o EP “Guerra”, lançado em 2019 pela Abraxas Records.
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Beholder’s Cult
Jovem quarteto saído directamente das entranhas da capital Brasília. Beholder’s Cult matura a sua música dentro de tons noventistas – um híbrido de doom e gothic metal que memora os monumentos sonoros criados por nomes como Tiamat e Lake of Tears. O uso dos teclados acontece de forma discreta e cria distintas telas preenchidas por misticismo e melancolia, para além de somar influências de depressive rock, darkwave e post-punk. A banda já lançou um EP em 2018, intitulado “Cult of Solitude”, e prepara-se, apesar das dificuldades impostas pela pandemia, para lançar o primeiro longa-duração “Our Darkest Home”.
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Fools Paradise
O quinteto baiano, formado por três nomes do pesado grupo de sludge/doom Erasy, tem na sua vocalista Iasmim Bastos a adição de um elemento diferencial com as suas influências na soul music e no blues, mas também inspirada por bandas como Purson, Witch Mountain e Mount Salem, somando lirismo e maciez num instrumental denso e carregado visto no single de estreia “Confused Mind”, lançado em Fevereiro pela Dopesmoke Heavy Music Productions.
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Soulsad
Um novo/velho nome na cena. Formada em 2003, a banda durou uns exactos 5 anos, entrando depois num período de hibernação que perdurou até 2018. Capitaneada pelo teclista Rafael Sade (ex-Helllight), a banda debutou no mesmo ano em que saiu da criogenia, com o bonito, embora um tanto cru, “Two Funerals”, um EP que desabrocha com o belo instrumental “My Fallen Garden”, rompe o seu conteúdo com “Funeral One: Father” e finda com a épica e taciturna “Funeral Two: Mother”. No ano passado lançaram o desolador single “Doomed to Failure” (uma prova de evolução e capacidade) e participaram também no tributo brasileiro aos gigantes britânico My Dying Brides. Actualmente encontram-se a confeccionar o seu mais que merecido álbum de estreia. Indicado para os apaixonados pelo death/doom metal da era de ouro da trindade inglesa – Anathema, Paradise Lost e My Dying Bride – e também por nomes como Saturnus e Officium Triste. Uma excelente recomendação.
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SNOW
Formado durante a quarentena e com o primeiro álbum gravado à distância, este projecto de hardcore/stoner/metal traz alguns elementos inusitados para o campo do stoner e do Sludge, imbuindo a sua sonoridade de referências de bandas relacionadas ao hardcore e skate punk, como Cancer Bats, Black Flag e The Shrine. A estreia aconteceu em Janeiro deste ano com o álbum “Fast n’ Heavy Loud n’ Slow”, lançado pela editora digital Red Garage Records, que se prepara para ganhar a sua versão física em cassete através de uma editora europeia.
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