“Revenge” pouco ficará na história do heavy metal contemporâneo – é ultrapassado e sensaborão. Pede-se mais, muito mais!

Editora: Napalm Records
Data de lançamento: 31.07.2020
Género: heavy metal
Nota: 2.5/5

“Revenge” pouco ficará na história do heavy metal contemporâneo – é ultrapassado e sensaborão. Pede-se mais, muito mais!

Um Tribuno de Roma, um Viking, um Espartano e um Cruzado encontram-se nos salões de Valhalla para delinearem um plano que lhes permita derrotar demónios empunhando a arma mais potente: o heavy metal. Assim, com “Revenge”, estes guerreiros oriundos de diferentes culturas levam-nos à Escócia com “Freedom”, à Roma ficcional com “Maximus”, à Escandinávia com “Odin’s Sons” ou à Grécia com “Battle of Marathon”.

Com uma fórmula básica, que se divide entre intros, estrofes, refrãos e solos, os Warkings criaram um álbum de fácil audição que, apesar de alguns momentos mais orelhudos, não será assim tão memorável como se pretenderá. Com secções à Hammerfall sacadas a papel químico (“Fight in the Shade”) e outras um pouquinho mais puxadas a fazer lembrar Twilight Force (“Warriors”), nada do que aqui se ouve é novidade, mesmo que a isso tudo unam noções de hard rock (“Banners High”) e, imagine-se, death metal melódico à Amon Amarth (“Odin’s Sons”).

Coincidência ou não, encontram-se ainda dois aspectos descarados que têm de ser anotados. Em primeiro, o título “Mirror Mirror” faz tocar todas as campainhas, porque qualquer amante de power metal reconhecerá aqui Blind Guardian, sendo que até a entrada do refrão é igual – «Mirror, mirror on the wall». Em segundo, o início da última “Warking” é uma cópia mal amanhada de “Links 2 3 4” dos Rammstein.

Será que percebemos tudo mal e Warkings é afinal um projecto que presta homenagens sem se fazerem covers? É possível, não se diz que não, mas, e de qualquer forma, “Revenge” pouco ficará na história do heavy metal contemporâneo – é ultrapassado e sensaborão. Pede-se mais, muito mais!

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