Editora: SteamhammerData de lançamento: 22.11.2019Género: thrash metalNota: 3/6 “Out Of The Frontline Trench” é um aperitivo para o novo disco de Sodom, a ser...

Editora: Steamhammer
Data de lançamento: 22.11.2019
Género: thrash metal
Nota: 3/6

“Out Of The Frontline Trench” é um aperitivo para o novo disco de Sodom, a ser lançado em 2020 e provisoriamente intitulado “Genesis 19”, o nome da primeira oferta deste MCD e que, adiante-se, não aquece, nem arrefece. É sempre agradável ouvir uns temas novos e mais um extra ou dois, pois é uma forma de as bandas manterem a sua relevância e criarem antecipação em relação a novos trabalhos. No entanto, quando o MCD começa a rodar e percebemos que é caracterizado por uma ausência de inspiração gritante, tememos pelo pior, o que nos deixa extremamente aborrecidos quando a banda em causa é Sodom. Aquela banda que se fartou de lançar trabalhos seminais mas que, nos últimos anos, caiu num vórtice de apatia – esses Sodom.

“Genesis 19” não é um tema fraco, porém, como seria de esperar, tem um som característico, o som das guitarras dos Sodom e a voz inimitável de Tom Angelripper, bem como um bom tópico (a destruição de Sodoma e Gomorra, sendo que Genesis 19 é uma passagem bíblica sobejamente conhecida), mas depois vêm os senãos: musicalmente insípido, desinteressante, comprido de mais até. Felizmente, o MCD tem mais dois novos temas, desta feita muito mais interessantes do que a faixa inicial, nomeadamente “Down On Your Knees” e, principalmente, o tema-título, claramente o melhor desta oferta.

Ambos retratam as dificuldades passadas pelos soldados na II Guerra mundial – uma temática a que Tom é afecto –, mas é com a música que dizemos ‘OK, estes são os Sodom que eu conheço!’. “Down On Your Knees” é claramente melhor do que o tema anterior, mas a faixa homónima faz-nos reviver o passado glorioso de uma das bandas mais respeitadas do planeta, iniciando com explosões e sirenes antiaéreas, a praia de sempre dos Sodom, e daí em diante desenrola-se como esperaríamos que se desenrolasse pela mão dos germânicos. Nesta altura, começamos a abanar a cabeça – sinal de bom trabalho. Os extras resumem-se a uma versão remasterizada de “Agent Orange” (clássico maior dos alemães) que nada acrescenta, salvo curiosidade e a rendição ao vivo de “Bombenhagel”. Em três novos temas, os Sodom conseguem ser realmente bons num deles, o que não é preocupante, mas, ainda assim, uns níveis abaixo daquilo que esperamos de um dos estandartes máximos mundiais do thrash metal. Quando preferimos ouvir a rendição de “Bombenhagel” em vez de dois dos novos temas, algo está mal, mas a verdade é mesmo essa. Nada como ver para crer, mas esperemos sinceramente que a generalidade dos temas aqui apresentados sejam a excepção e não a regra do que está para vir.