Revenge “Strike . Smother . Dehumanize”
Reviews 18 de Maio, 2020 João Franco
Editora: Season Of Mist
Data de lançamento: 22.05.2020
Género: black/death metal
Nota: 3.5/5
Dez temas ultra-brutais, uma verdadeira parede de som abrasiva, de fazer envergonhar muitas das bandas concorrentes.
Revenge é uma banda canadiana focada em tocar uma fusão brutal de black metal e death metal a que alguns chamam war metal. Depois de lançarem vários álbuns focados numa brutalidade lo-fi, atraíram as atenções de um público e editoras cada vez maiores. Sendo um duo em estúdio constituído por James Read (bateria, voz e composição) e Vermin (guitarras e baixo), ao vivo junta-se-lhes Haasiophis (baixo e vocais).
Surgem-nos agora com o seu sexto álbum, pela segunda vez através da francesa Season of Mist. Este “Strike.Smother.Dehumanize” pega onde o anterior “Behold.Total.Rejection” terminou, embora desta vez com uma produção um pouco mais limpa. Eis-nos então perante mais dez temas ultra-brutais, uma verdadeira parede de som abrasiva, de fazer envergonhar muitas das bandas concorrentes.
“Salvation Smothered (Genocide of Flock)”, o primeiro tema de avanço, continua a trazer-nos um tema em produção lo-fi como a anterior discografia da banda, uma parede de graves que esmaga qualquer ouvinte. James Read debita os habituais blast-beats, aqui entremeados por passagens menos rápidas, enquanto os seus vocais oscilam entre os muito graves, por vezes com extrema distorção, e os agudos.
“Self Segregation (System Torched)”, o segundo tema de avanço segue na mesma linha, embora com mais groove. Os blast-beats continuam a imperar disputando a ribalta com as guitarras ultra-abrasivas de Vermin, que é quem, ao mesmo tempo, assegura também o baixo em estúdio, baixo esse que contribui para a wall of sound em geral. O som parece vir das próprias entranhas da terra e o solo ecoa como escapando-se do próprio inferno.
Em “Oath Violator” distinguimos o baixo de entre a parede de graves que os Revenge vão debitando, como se fosse o som de um maremoto, reforçado pelo solo abafado de Vermin, que fortalece a ultra-brutalidade da banda.
Deste trabalho destaca-se ainda “Human Animal” ou “Apostasy Imposed (Takeover Mode)”, a faixa mais longa e que encerra o álbum.
Importa questionar qual será o futuro dos Revenge dentro do estilo que adoptaram e onde não existe muito espaço para manobras, e esta certamente não é uma banda consensual. O colectivo pouco deverá importar-se com isso e deverá continuar a lançar trabalhos brutais tais como este “Strike.Smother.Dehumanize” enquanto houver quem os queira ouvir.

Metal Hammer Portugal
Rope Sect “The Great Flood”
Reviews Ago 12, 2020
SVNTH “Spring in Blue”
Reviews Ago 11, 2020
The Vice “White Teeth Rebellion”
Reviews Ago 10, 2020
Mercury Circle “The Dawn of Vitriol” EP
Reviews Ago 10, 2020
Silverstage: à moda antiga
Subsolo Ago 12, 2020
Rambomesser: música de acção
Subsolo Ago 12, 2020
Athanasia: na ponta do obelisco
Subsolo Ago 12, 2020
Till Die: sem tempo para tretas
Subsolo Ago 10, 2020