Com a decisão tomada em Conselho de Ministros, que proíbe festivais de música até 30 de Setembro de 2020 devido à pandemia da Covid-19,...

Com a decisão tomada em Conselho de Ministros, que proíbe festivais de música até 30 de Setembro de 2020 devido à pandemia da Covid-19, a organização do festival Laurus Nobilis Music viu-se obrigada a adiar a sua sexta edição para os dias 22, 23 e 24 de Julho de 2021.

A Metal Hammer Portugal chegou à fala com José Aguiar, presidente de direcção da Ass. Ecos Culturais do Louro e produtor executivo do festival, que revelou que este desfecho começou a ser real no início de Março, quando esta pandemia «se assumiu em todas as vertentes». «A venda de bilhetes parou completamente e grande parte dos patrocinadores adiaram a sua decisão quanto à sua posição no Laurus Nobilis 2020. Depois, com o decorrer do Estado de Emergência e com a paralisação total, deu logo para perceber que o Laurus e os demais festivais de Verão seriam uma miragem.»

Para 2020, o festival, que acontece na periferia de VN de Famalicão, tinha em cartaz nomes como Lacuna Coil, As I Lay Dying e Decapitated. Como todos os eventos adiados têm feito notar, tudo se fará para que os alinhamentos se mantenham o mais intactos quanto possível. José Aguiar afirma que «manter o cartaz na totalidade será quase impossível», mas está-se a «trabalhar forte no aspecto de se ser o mais fiel possível ao cartaz apresentado para este ano, sendo que a prioridade é assegurar as bandas de maior nome, mas nunca descurando todas as bandas que já foram apresentadas». Quanto a Lacuna Coil e As I Lay Dying em específico, o produtor conta que só falta «acertar pormenores». «Só se correr muito mau é que eles não subirão ao nosso palco em 2021», remata.

Sem o Laurus Nobilis Music, a associação presidida por José Aguiar vai apostar no seu principal projecto: a Casa do Artista Amador, «que está numa fase bastante avançada para abrir portas ao público brevemente». «Contamos abrir portas em meados / final do Verão, e se esta saga ainda continuar tentaremos desde logo adaptar a programação da Casa de modo a que vá ao encontro das Leis que vigorarem nessa altura. Contudo, estamos a estudar alternativas de trabalho que, de certa forma, dêem para sustentar as despesas mensais que a associação comporta. Temos um projecto em mãos que passa por organizar pequenos eventos moldados às actuais exigências de saúde publica.»

Em conclusão, José Aguiar deixa uma mensagem de alento. «Só temos que fazer uma coisa: fazer da humildade um ponto forte (pois sem humildade não há boa música e, por conseguinte, bons concertos) e, acima de tudo, estarmos unidos. Se assim for, aconteça, o que acontecer, sairemos sempre de cabeça erguida. Nunca perder a fé – a fé move montanhas.»

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