Acreditamos que os indefectíveis da velha-escola irão salivar com estes malhões sujos e negros, variações rítmicas para todos os gostos, solos muito bem sacados...

Editora: Nuclear Blast
Data de lançamento: 30.10.2020
Género: death metal
Nota: 4/5

Acreditamos que os indefectíveis da velha-escola irão salivar com estes malhões sujos e negros, variações rítmicas para todos os gostos, solos muito bem sacados e bem encaixados na estrutura dos temas.

Silenoz, no press-release que acompanha este “After Death” comenta: «Não é suposto reinventar-se a roda ou algo assim, apenas procuramos um bom groove com o qual nos sintamos confortáveis.» Declaração de interesses efectuada, perguntamos: o que esperar, então, deste álbum, 10 anos após a estreia com o mediano “Shadowcast” e, entretanto, silêncio absoluto? Certamente, não existirá uma resposta concreta e curta, mas no meio do filão de projectos que abraçam e emulam o death metal dos 1990s, temos de dar toda a razão a Silenoz, e talvez seja essa a grande cartada jogada ao longo desta dezena de temas: conforto, passar um bom bocado, beber umas cervejas, compor uma série de músicas com a escolinha toda dos Entombed, dos Unleashed e dos Grave. Poderia ficar, assim, tudo dito e depois ficar a cargo de quem quisesse averiguar o que realmente se passa durante os pouco mais de 40 minutos deste registo, mas acreditamos que os indefectíveis da velha-escola irão salivar com estes malhões sujos e negros, variações rítmicas para todos os gostos, solos muito bem sacados e bem encaixados na estrutura dos temas.

Marc Grewe surge num registo muito interessante, com a amplitude de vocalizações a demonstrar muita ideia a fluir (“Born into Bondage” é um excelente exemplo). A entrada de Cyrus veio ajudar na criação de novas dinâmicas, adicionando mais peso e um novo input de energia à banda – a prova disso mesmo está espelhada do princípio ao fim do álbum com a presença de bons riffs, havendo até espaço para um cheirinho a black metal em “An End Date with the World” a desembocar num refrão em coro que faz lembrar hardcore. Malandros!…

Se “Soul Excavation” já tinha sido apresentada numa compilação da Nuclear Blast, do ano passado, em jeito de aperitivo para o que estavam a preparar, tornou-se um bom augúrio porque o desfile segue em consonância até ao esvaimento de “Secret Sorcery”.

Quem ainda estiver com reservas em dar uma oportunidade a este “After Death” pode ficar descansado que não dará o tempo por perdido, até porque cremos que depois desta morte ainda haja futuro. E já agora, deixem o Shane Embury desligar o amplificador, ok?!

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