Apesar de estarmos perante um produto final coeso e competente, uma homogeneidade que pode fazer inveja a muitos novatos, ressalta-se a falta de momentos...

Editora: Nuclear Blast
Data de lançamento: 20.11.2020
Género: viking metal
Nota: 2.5/5

Apesar de estarmos perante um produto final coeso e competente, uma homogeneidade que pode fazer inveja a muitos novatos, ressalta-se a falta de momentos que nos agarrem e incitem a sucessivas audições.

Terminado o capítulo com os Kvelertak em 2018, Erlend Hjelvik decidiu enveredar por uma carreira a solo. Cerca de dois anos após sair do barco que ajudou a construir e a levar por vários portos, avançou para um novo seu, com uma linguagem diferente. Hjelvik abraça o viking metal de braços abertos (para além da sonoridade, a capa, título do álbum e de alguns temas evidenciam a primazia desta temática) ao longo de uma dezena de composições bastante directas em que estão reunidas algumas boas ideias, riffs sólidos que se aliam a meia dúzia de ritmos previsíveis e uma mão cheia de leads e solos que embelezam 40 minutos de música que não é negra, mas antes cinzentona.

Apesar de estarmos perante um produto final coeso e competente, uma homogeneidade que pode fazer inveja a muitos novatos, ressalta-se a falta de momentos que nos agarrem e incitem a sucessivas audições. Faltam temas que nos façam bater o pé com força e abanar a cabeça com ímpeto. Salvam-se “Helgrinda” e “Necromance”, de facto as malhas que sobressaem do conjunto, ou “Thor’s Hammer” com uma certa levada mais heavy metal e o ‘UH!’ a lembrar o Tom G. Warrior nos 80s.

Mas, infelizmente, somadas todas as partes, acaba por ser muito curto face ao caminho já percorrido e à abordagem seguida nesta nova encarnação. Certamente que irá contentar se encarado como mera peça de entretenimento, mas se estas malhas fossem apresentadas por outros, a Nuclear Blast talvez torcesse o nariz…

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