Headsic: a última luz do Homem
Subsolo 2 de Setembro, 2020 Metal Hammer

Origem: Suécia
Género: thrash/death metal
Último lançamento: “Last Light…” (2019)
Editora: Dark Time Recordings
Links: Facebook | Bandcamp
Entrevista e review: Diogo Ferreira
É numa mescla entre death e thrash metal que os Headsic se enquadram, algo que é muito evidente no álbum “Last Light…”, mas a banda pretende desenvolver novas ideias em lançamentos futuros.
«O conceito do álbum é a dualidade do Homem – com um lado a querer desistir e o outro a recusar-se a ceder.»
Último lançamento: «Podem esperar um álbum bastante diverso, e era isso que queríamos. Escrevemos um álbum que achamos que tem todos os elementos que queremos ouvir num álbum de metal. “Last Light…” tem músicas thrashy rápidas, mas também algum mid-tempo melódico e músicas pesadas, e, para nós, isso torna-o mais interessante.»
Conceito: «Todas as músicas são diferentes, tanto musical como liricamente, mas juntas são um reflexo das nossas próprias experiências, pensamentos e visões. “Last Light…” pinta uma realidade sombria de como nós, as pessoas, somos realmente a praga da Terra e como isso foi longe demais – talvez nem valha mais a pena salvá-la. É sobre luta interior e sobre nunca encontrar-se paz de espírito num mundo lixado no qual não te alistaste. Abuso de substâncias, raiva e conclusão de que a morte está sempre à espera. É também uma questão de força e nunca permitir que alguém fique no teu caminho – perseverança e avanço. Basicamente, o conceito do álbum é a dualidade do Homem – com um lado a querer desistir e o outro a recusar-se a ceder.»
Evolução: «Headsic sempre foi uma banda de thrash metal, mas consegue-se ouvir muitas outras influências. Toda a gente na banda ouve todos os tipos de música, que inevitavelmente se infiltrarão na música que escrevemos. Isso, para mim, é uma coisa boa. O som de Headsic é um caldeirão de todas as nossas influências. Obviamente, ouve-se muito death metal sueco e thrash metal dos anos 1980 na nossa música, porque foi assim que crescemos, mas acredito que estamos a desenvolver o nosso próprio som e a chegar mais perto da nossa própria identidade. Acho que nos próximos lançamentos mostraremos isso ainda mais.»
Review: Com uma sonoridade influenciada pelo death metal melódico da Suécia, país do qual são oriundos, os nórdicos combinam a pesada dose de uma guitarra distorcida e musculada com secções mais calmas, quase góticas, onde se ouve a versão limpa e profunda da voz de Andreas Ljung em contraste aos seus ataques vocais ferozes mais existentes nos refrãos e pontes, como se pode ouvir em “Monolith”. As guitarras, com solos e leads, também desempenham um papel cativante na ala melodiosa.

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