Svärd “The Rift”
Reviews 2 de Julho, 2020 Filipe Pinto
Editora: Argonauta Records
Data de lançamento: 03.07.2020
Género: heavy/sludge metal
Nota: 4/5
O que aqui temos pode ser visto como se os Iron Maiden se juntassem com os Baroness numa sala de ensaios e resolvessem criar algo que fundisse as duas essências.
Há um par de meses surgiram nos media musicais as primeiras notícias sobre este novo projecto, que junta nas suas fileiras membros dos In Mourning e dos Ahab. A orelha arrebitou e a sobrancelha soergueu-se. ‘Que poderá sair dali?’, foi a questão que começou a circular, criando a devida expectativa, e eis que chega a resposta com este EP. Uma mão-cheia de temas que jogam em campos completamente distintos dos projectos-base desta malta. Uma mistura de linhas mais clássicas de heavy metal, a que se adiciona uma crueza sludgy, uns pozinhos de prog e uns tiques psicadélicos. O que aqui temos pode ser visto como se os Iron Maiden se juntassem com os Baroness numa sala de ensaios e resolvessem criar algo que fundisse as duas essências. E a fórmula resulta!
Se exceptuarmos “Hallowed Grounds”, que no seu minuto de duração nada mais acrescenta do que adensar o mistério sobre o que aí vem, as restantes malhas são de uma irrepreensível qualidade de composição, com um equilíbrio sagaz entre a melodia orelhuda, o gancho catchy e a dura crueza, permitindo a fruição contínua destes temas audição após audição. “The Rift” vale, essencialmente, pelo seu todo, embora seja possível destacar “The Portal”, o tema que fecha este registo, como sintetizador desta apresentação. Se “Palaeocene Flames” é uma aventura descarada pela NWOBHM, “The Burning Asylum” evidencia uma abordagem mais negra, mas sempre com um sentido melódico elevado, talvez graças ao excelente trabalho que Tim Nedergård e Björn Pettersson têm desenvolvido nos In Mourning.
“The Portal” é envolvente, enleante, com um primeiro trecho muito floydiano, misturando depois em doses muito certeiras a aspereza do sludge, num compasso lento q.b., com a toada heavy metal num registo mais próximo do mid-tempo, a fazer lembrar as cavalgadas maidenescas. A cereja no topo do bolo.
Uma última nota para o excelente trabalho de mistura e masterização pela mão de Jonas Kjellgren, que soube fazer respirar estas composições e com o seu contributo ajudou a fazer com que “The Rift” seja uma das boas propostas que 2020 tem para apresentar.

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