Com "Opulent Decay", os Spell apresentam-nos o seu heavy rock ocultista que, apesar do rótulo, se atira contra a acumulação de riqueza, defendo que...

Origem: Canadá
Género: heavy metal / classic rock
Último lançamento: “Opulent Decay” (2020)
Editora: Bad Omen Records
Links: Facebook | Bandcamp
Entrevista e review: Diogo Ferreira

Com “Opulent Decay”, os Spell apresentam-nos o seu heavy rock ocultista que, apesar do rótulo, se atira contra a acumulação de riqueza, defendo que há algo mais do que isso na nossa passagem pelo planeta.

«Este álbum é para artistas, pensadores, exploradores, estimuladores.»

Último lançamento: «“Opulent Decay” é um pouco diferente de qualquer outro álbum de heavy metal que já tenham ouvido antes. Não estamos interessados em recriar algo que foi feito ou em fazer o mesmo álbum duas vezes. Embora tenha visto dezenas de notas 9/10 e 10/10 de grandes publicações, parece que toda a gente que nos ouve tem uma ideia diferente. É metal tradicional? Psicadélico? Progressivo? Gótico? Digam-nos. Nós chamamos-lhe hypnotic heavy metal, porque faz mais sentido para nós.»

Conceito: «O álbum é sobre o equilíbrio entre opulência e decadência, ou austeridade. É uma martelada nos que acumulam riqueza e se habituam tanto ao luxo que não conseguem suportar desconforto físico. “Opulent Decay” é sobre a força que pode ser encontrada no sofrimento e no auto-sacrifício e a grandeza alcançada por aqueles que trabalham para alcançar algo mais significativo do que dinheiro, poder e luxo. Este álbum é para artistas, pensadores, exploradores, estimuladores e para aqueles que estão dispostos a sacrificar tudo por esses ideais.»

Evolução e influências: «Quando começámos em 2007, estávamos interessados principalmente em imitar os nossos ídolos: Judas Priest, Accept, Megadeth, etc.. Continuamos a adorar heavy metal, mas agora as nossas influências são muito mais diversas: Genesis, King Crimson, Neu!, Sun Ra, Nina Simone, Diana Ross. Nunca escrevo músicas com o objectivo de seguir qualquer estilo específico – riffs e melodias surgem-me em sonhos, e considero que são presentes do além. Eu não sou de recusar tais presentes, não importa como soam! Depois de idolatrarmos o altar do heavy metal durante toda a nossa vida, sentimos que é nosso dever reunir os sons mais emocionantes que conseguirmos e quebrar as barreiras do género para lugares novos e interessantes.»

Review: Do Canadá, os Spell chegam ao terceiro álbum e com uma boa bagagem de críticas positivas. Com “Opulent Decay”, o trio prossegue a sua jornada híbrida entre heavy metal, classic rock e psicadélico – tudo numa toada ocultista de uns Coven caso tivessem um encontro com Iron Maiden. Dos riffs heavy metal que vão sobressaindo aqui e ali a vibrações mais sensuais e dançantes, os Spell agarrarão facilmente mesmo os ouvidos mais duros amantes da NWOBHM e rock dos 1970s.

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