Formados em 1999, ao longo de mais de duas décadas, os Odal têm sido considerados um pilar da diversificada cena black... Odal: Mãe do Mundo
Foto: cortesia Sure Shot Worx

Formados em 1999, ao longo de mais de duas décadas, os Odal têm sido considerados um pilar da diversificada cena black metal germânica. Sempre muito tradicionais e com uma discografia repleta de pérolas, “Welten Mutter” é o quinto álbum destes veteranos de coração pagão, com data de lançamento a 23 de Abril de 2021 pela editora de culto Eisenwald.

A nova proposta da banda da Turíngia é feita de orgulhoso e puro black metal que, pujante e envolvente, é agraciado por melodias corridas e convincentes, uma chama eterna que teima em não perder a força de outrora e que, aliás, parece mais acesa do que nunca, não só no seio dos próprios Odal como em todo o subgénero.

Assim, a veia tradicional imposta por certos dogmas não é sinónimo de estagnação, especialmente quando ouvimos o dinamismo cativante proporcionado pela dupla composta por Taaken e A.D.D., uma fluidez magnânima e urgente que oferece sete hinos velozes e melodiosos de se lhe tirar o chapéu – e o fôlego.

Com um conceito à volta da criação do mundo na perspectiva nórdica, “Welten Mutter” (ou “Mãe do Mundo”) é provavelmente o álbum mais pagão de Odal, com a banda a garantir que pretende evadir-se dos clichés do black metal quando a temática é esta.

Apelativo e com um ambiente geral bastante retro sem, contudo, comprometer algumas leis actuais, nomeadamente as das boas produções, “Welten Mutter” ergue-se altivo e funciona como uma declaração de que nem tudo o que é novo tem de ser obrigatoriamente dissidente, ainda que tudo ganhe contornos mais sedutores se as bandas tiverem noção de que estão em 2021 e não em 1994.

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