A sonoridade de Nasty provoca contusões, é um bulldozer a terraplanar, uma bola gigante a destruir prédios.

Editora: Century Media Records
Data de lançamento: 25.09.2020
Género: hardcore / metal
Nota: 3/5

A sonoridade de Nasty provoca contusões, é um bulldozer a terraplanar, uma bola gigante a destruir prédios.

A lançarem álbuns consistentemente desde 2006 e com um percurso muito viajado entre Europa, EUA e Ásia, Nasty é aquela banda a que muito bem se aplica o termo hardcore metálico e é uma banda honesta composta por quatro amigos que só querem virar tudo do avesso, mas mesmo nessa toada cáustica pretendem, ainda assim, demonstrar consciência por tudo o que se está a passar, desde o racismo à pandemia.

Com a novidade “Menace”, os belgas fazem referência ao deathcore na inaugural “Ultimate” e ao melo-death metal na última “Ballad of Bullets”. Nas restantes faixas, aquilo que os Nasty fazem é mandar cá para fora toda a energia negativa que têm dentro deles através de breakdowns que soam a tremor de terra, guitarras esmagadoras em parceria com uma bateria explosiva em que muito bem se ouve o bombástico pedal duplo e um vocalista que abre os pulmões de forma ameaçadora para se ir ainda mais ao encontro do título de um álbum que versa sobre a loucura e o perigo em que o mundo está afundado.

A sonoridade de Nasty provoca contusões, é um bulldozer a terraplanar, uma bola gigante a destruir prédios, mas não deixaremos de frisar que tudo isso se sente mais ao vivo do que em estúdio – verdade seja dita, “Menace” será muito mais agressivo e sentiremos melhor na pele tudo aquilo que nos querem oferecer num concerto numa daquelas salas pequenas em que 100 malucos e malucas passam meia hora ao pontapé.