Iron Savior “Skycrest”
Reviews 1 de Dezembro, 2020 João Franco
Editora: AFM Records
Data de lançamento: 04.12.2020
Género: power metal
Nota: 3.5/5
Altamente recomendado para fãs dos próprios Iron Savior, contudo, apreciadores de metal em geral e sobretudo de power metal devem dar também uma hipótese a “Skycrest”.
Vindos da forte e numerosa cena power metal alemã, nomeadamente da cidade de Hamburgo, no norte do país, os Iron Savior trazem-nos, com este “Skycrest”, o seu 12º álbum. Apesar desta longa carreira, os Iron Savior, onde tocou Kai Hansen (Gamma Ray, fundador dos Helloween), não conseguiram ainda chegar à primeira linha do metal que se faz na Alemanha.
Formados em 1996, o guitarrista e vocalista Piet Sielck é o único membro que resta da formação original e neste trabalho é acompanhado na guitarra e vozes de apoio por Joachim Küstner, na bateria por Patrick Klose e pelo baixista e vocalista Jan-Sören Eckert, que já tocou em bandas como Running Wild ou Masterplan.
Influências de heavy metal mais clássico como Judas Priest e Iron Maiden juntam-se às influências de Helloween, Gamma Ray ou Blind Guardian neste trabalho de doze faixas, que abre com a curta introdução “The Guardian” e que se liga ao tema-título, que como esperado numa banda de power metal é um tema rápido e melódico, orientado para as guitarras.
“Our Time has Come” e “Hellbreaker” mantêm a nota positiva deste trabalho – mais dois temas rápidos e melódicos, além do mais bem produzidos. O uso esporádico de teclados dá alguma personalidade mais vincada aos Iron Savior.
“Skycrest” parece ter mais força na primeira metade, não só com os temas mais rápidos mas também com os mais lentos, mas mais orelhudos como “Souleater”, um dos singles de avanço, ou “Welcome to the New World”. A primeira abre com baixo e bateria e constrói-se sobre guitarras mais pesadas e mais lentas e sobre um forte refrão, se calhar já pensado para os concertos. A segunda alterna entre ritmos rápidos e a meio-tempo, com uso de teclados que dão uma textura diferente à faixa, mas que continua a ser interessante.
“Silver Bullet”, com o seu aroma a Blind Guardian, é uma das melhores, ou talvez a melhor faixa do álbum, mesmo fazendo parte da metade mais fraca,abrindo em ritmo rápido, caracteristicamente power metal. Um bom solo e trabalho de guitarras ajudam a construir uma faixa mais complexa, a que se junta um bom refrão. É a faixa mais longa, mas parece saber a pouco.
As seguintes “Raise the Flag” e “End of the Rainbow” são medianas e não parecem trazer nada de novo. A balada “Ease Your Pain” cumpre aquilo a que se propõe, sendo um tema construído sobre acordes acústicos e a voz do baixista Jan e conta com um bom solo melódico.
A fechar temos “Ode to the Brave”, de novo um tema mais rápido e forte, tipicamente power metal, centrado nas guitarras e na bateria rápidas, e que é uma boa forma de terminar “Skycrest”, incluindo um solo de qualidade dentro da tradição power metal alemã.
Apesar de “Skycrest” ser power metal bem feito, não ultrapassa algumas outras bandas dentro do género, mas cumpre com dignidade aquilo a que se propõe, sendo que várias das faixas nunca chegam a entusiasmar, mas outras colocam o álbum acima da mediania. Altamente recomendado para fãs dos próprios Iron Savior, contudo, apreciadores de metal em geral e sobretudo de power metal devem dar também uma hipótese a “Skycrest”.

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