Iggor Cavalera comentou a possibilidade de levar "Schizophrenia" - álbum dos Sepultura editado em 1987 - à estrada juntamente com o seu irmão... [Exclusivo] Iggor Cavalera: «O “Schizophrenia” é um disco muito especial para nós»

Petbrick, o projecto de música electrónica que junta Iggor Cavalera (Sepultura, Cavalera Conspiracy) e Wayne Adams (Big Lad, Death Pedals), estreia-se em Portugal em Janeiro próximo numa data dupla que passará pelo Maus Hábitos no Porto (16 de Janeiro) e pelo Musicbox em Lisboa no dia seguinte. Numa entrevista concedida à Metal Hammer Portugal, que poderá ser brevemente ouvida na íntegra e em que o músico promoveu os concertos da sua mais recente aventura musical, Iggor Cavalera comentou a possibilidade de levar “Schizophrenia” – álbum dos Sepultura editado em 1987 – à estrada juntamente com o seu irmão Max Cavalera.

Recorde-se que os irmãos Cavalera já trouxeram duas tours a Portugal onde interpretaram temas de discos clássicos dos Sepultura, como “Roots” (1996), “Beneath The Remains” (1989) e “Arise” (1991).

«Na verdade, desde a ideia de [fazer uma tour com] “Roots”, isto são coisas que não seguem um plano», admite Iggor Cavalera. «São coisas que vão acontecendo, em que eu e o Max paramos e analisamos a situação para ver se é algo interessante de se fazer. Não temos um plano traçado do que fazer daqui a um ano, por exemplo. Acabámos essa tour [“Beneath The Remains” e “Arise] e agora vamos concentrar-nos em várias outras coisas, e conforme as ideias forem surgindo logo vemos se o fazemos ou não.»

«O “Schizophrenia” é um disco muito especial para nós. Pode ser que surja uma ideia dessas. Não vejo o facto de o disco não ter sido tão popular junto do público como uma coisa má. Foi um disco que quebrou muitas barreiras, pois foi a primeira coisa fora do Brasil a ser até lançada como bootleg na Europa, então tem uma história muito boa. Seria algo interessante de se fazer e pode ser até interessante fazê-lo em salas menores. É uma ideia, mas não temos nada planeado por agora.»

O músico falou também sobre o carinho que tem por Portugal e a razão pela qual o concerto no Lisboa Ao Vivo, realizado no dia 1 de Dezembro, em que os irmãos Cavalera tocaram temas de “Beneath The Remains” e “Arise”, não aconteceu numa sala maior.

«Foi uma junção de vários factores», afirma. «Conversámos com a promotora do concerto e realmente a tour foi anunciada muito em cima da hora, quando comparada com outras. Foi um pedido de fim de ano e muitos dos lugares já estavam ocupados com outros eventos de Natal, etc., então não tiveram oportunidade de mudar o concerto para um local maior. Tivemos essa conversa com eles e preferimos manter o concerto num lugar em que tinham a certeza de que iria ser bom para toda a gente do que tentar improvisar um lugar com um som horrível só para termos mais público. Foi uma boa medida, ainda que não tenha sido a melhor para as pessoas que não conseguiram ver. No entanto, isso dá-nos uma maior emoção para voltar a Portugal.»

«Sempre que vou a Portugal é muito “fixe”, como vocês aí dizem. Seja com Sepultura nas tours antigas ou neste último concerto com o meu irmão, é sempre maravilhoso. Para muitas pessoas foi uma sala pequena, mas acho que foi uma noite especial para quem esteve lá. Também foi bom termos uma banda portuguesa connosco – o que é muito especial para mim -, os Besta, que fazem parte da cena grindcore, algo do qual gosto muito. Com Petbrick também quero ver como é a cena mais underground em Portugal. Vai dar-me mais uma ideia do que está a acontecer no país e fico muito feliz com a oportunidade de poder voltar aí e ver algo diferente.»