Todas as bandas norueguesas pertencentes à cena black metal que explodiu na primeira metade dos anos 1990 começaram da mesma forma:...

Todas as bandas norueguesas pertencentes à cena black metal que explodiu na primeira metade dos anos 1990 começaram da mesma forma: a ouvir Venom, Bathory, Slayer, Hellhammer, Celtic Frost, e nalguns casos até Metallica, Exodus e Kreator. Gylve Fenris Nagell não foi diferente, e com 15-16 anos tinha a sua banda Black Death, que em 1987 viria a chamar-se Darkthrone.

“Soulside Journey”, de 1991, foi o primeiro álbum da banda de Dag Nilsen, Ivar Enger, Ted Skjellum e Gylve Nagell (que usava o pseudónimo Hank Amarillo). Os três últimos ficariam mais tarde conhecidos como Zephyrous, Nocturno Culto e Fenriz, respectivamente.

Já fãs de Mayhem, “Soulside Journey” é, ainda assim, um álbum de death metal com influências em Autopsy e que surgia ao mesmo tempo que a cena de Gotemburgo e Estocolmo, ao lado na vizinha Suécia. Extremos, mas ainda longe do que viria a acontecer com os três álbuns seguintes, na história deste disco fica a belíssima faixa “Cromlech” e o uso esporádico de teclados que ajudaram a criar a ambiência que se sente quando olhamos para a capa.

Em 1992 com “A Blaze in the Northern Sky”, em 1993 com “Under a Funeral Moon” e em 1994 com “Transilvanian Hunger” tudo mudaria para os Darkthrone: a sonoridade black metal que este trio de discos forneceu seria pedra angular para o conhecido rótulo True Norwegian Black Metal.