Avant-garde metal: 5 bandas essenciais
Artigos 20 de Janeiro, 2020 Diogo Ferreira
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Sigh
País que define muitas inovações e modas, especialmente na área do cinema e tecnologia, o Japão deu-nos uma das primeiras e mais influentes bandas no que ao metal experimental concerne. Em 1990 apareciam os Sigh e com eles o rótulo avant-garde metal seria implantado nos anos seguintes. Com a particular característica de todos os álbuns começarem por uma das letras do seu nome, estes nipónicos produzem metal progressivo e muitas vezes arriscado (pelo menos para a época em que surgiram) em que se inclui black e heavy metal, mas também folk e jazz, originando uma sonoridade saborosa e épica com a cultura japonesa em fundo.
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Arcturus
Inovadores e pioneiros do avant-garde metal, estes noruegueses estavam claramente à frente do seu tempo quando apareceram em 1991. Juntando nomes como o maestro Sverd na guitarra/teclas, Hellhammer (Mayhem) na bateria, Kristoffer Rygg aka Garm (Ulver) na voz entre 1993-2003 e ICS Vortex (Borknagar, ex-Dimmu Borgir) como substituto do último de 2005 em diante, álbuns como “La Masquerade Infernale” (1997) e “The Sham Mirrors” (2002) são itens de incontestável valor na cena avant-garde. Exploradores do espaço, a sonoridade dos Arcturus é reconhecida pela levitante e cativante atmosfera criada através de riffs e ambiências electrónicas épicas.
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Dødheimsgard
Fundados mesmo no meio do furacão do metal extremo norueguês, os Dødheimsgard apareceram em 1994. O que começou por ser apenas black metal foi evoluindo até ao avant-garde metal de álbuns como “A Umbra Omega”, um trabalho que surge numa fase adiantada da carreira (2015) mas visto como uma obra-prima que explora as profundezas da loucura, como é tão bem exemplificado em composições complexas através de estruturas anormais para os padrões mais básicos da música. Black metal, prog, jazz, atmosfera e spoken-word é o que se pode ouvir em Dødheimsgard.
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Thy Catafalque
Da Hungria, Tamás Kátai é considerado uma das mentes mais geniais do metal vanguardista. Com o seu projecto Thy Catafalque (fundado em 1998), o artista polivalente possui a destreza de criar cenários idílicos através do seu constante up-lifting mode sonoro. Entre electrónica, black metal e algum folk, o húngaro tem vindo a dissertar sobre temas como o ciclo da vida (“Meta”, 2016) ou figuras geométricas (“Geometria”, 2018). Para além das bases metal, Thy Catafalque exorta a qualidade e espaço de instrumentos como oud, saxofone e violoncelo, sem esquecer a já habitual participação da terna voz de Martina Veronika Horváth.
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Porta Nigra
Grupo mais recente deste rol com aparição em 2010, este trio germânico classifica-se como decadent dark metal muito à custa do envolvente e perverso conceito fin de siècle no qual pretendem imergir os seus ouvintes. Muitas vezes furioso e maníaco, o black metal dos Porta Nigra é essencialmente demente e fatalista, sendo também mais próximo da ortodoxia do que as restantes escolhas desta lista – exemplo disso é o álbum “Schöpfungswut” (2019) que aborda mais conceitos atmosféricos e circulares do que vanguardistas.

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