A faixa de abertura revela perfeitamente a intenção do álbum: ser sombrio, épico e melódico. Velkhanos “The Wrath”

Editora: Art Gates Records
Data de lançamento: 26.06.2020
Género: melodic death metal
Nota: 4/5

A faixa de abertura revela perfeitamente a intenção do álbum: ser sombrio, épico e melódico.

Por mais que Velkhanos seja um grupo relativamente novo, tendo sido formado em 2018 em terras espanholas, os músicos demonstram um grande profissionalismo e óptimas habilidades técnicas para escreverem as suas composições e executarem os seus instrumentos. É possível confirmar tudo isto no seu álbum debutante “The Wrath”.

A proposta destes músicos é criar um som que mescle o death metal melódico e o black metal; entretanto, é possível perceber elementos advindos do folk metal, como em “Black Omen”, e algumas nuances de metal sinfónico em “The Last Day”. Fiquem calmos, porque, apesar das influências variadas, as músicas são bem estruturadas e não soam a bagunça como uma colcha de retalhos.

A faixa de abertura, “In Absentia Dei”, revela características épicas e sombrias, chegando a ser até um pouco vampiresca em determinados momentos, o que demonstra perfeitamente a intenção do álbum: ser sombrio, épico e melódico. Nas faixas seguintes temos uma excelente surpresa com as vozes guturais e limpas de Miriam Ortiz, que alterna entre um e outro com precisão, tendo realizado um belo trabalho vocal em todo o álbum.

Os guitarristas Fernando Salmerón e Pablo Ato também não ficam para trás; afinal de contas, todas as músicas são guiadas pelos riffs e solos de guitarra, que muitas vezes lembram power/death metal, como é o caso de “Moloch”, “The Eye Of God” e “Bring Me The Fire”, que são totalmente indicadas para os fãs de Arch Enemy e In Flames.

Se na abertura do álbum foi apresentado um som obscuro, épico e sombrio, na faixa de encerramento, “Capricho Árabe”, temos uma guitarra acústica com cordas de nylon que oferecem uma bela sessão de solos árabes e que lembram a música espanhola tradicional. Adicione-se uma guitarra com distorção a dobrar cada nota e temos uma sonoridade muito interessante e dinâmica para encerrar um bom trabalho.

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