Unleash the Archers “Abyss”
Reviews 18 de Agosto, 2020 Diogo Ferreira
Editora: Napalm Records
Data de lançamento: 21.08.2020
Género: heavy / power metal
Nota: 4/5
Cada vez mais preponderantes no panorama heavy metal moderno mundial, os canadianos mostram-se mais diversificados e abundantes do que nunca, indo da NWOBHM ao death metal melódico e ao metal moderno com detalhes electrónicos.
Numa sequela futurista de “Apex” (2017), para a novidade “Abyss”, os Unleash the Archers afinaram os arcos, afiaram a ponta da flecha e acertaram em cheio no centro do alvo. Cada vez mais preponderantes no panorama heavy metal moderno mundial, os canadianos mostram-se mais diversificados e abundantes do que nunca, indo da NWOBHM ao death metal melódico e ao metal moderno com detalhes electrónicos.
Logo a começar, mesmo que tenha quase quatro minutos de duração, “Waking Dream” funciona como introdução – iniciando-se suave e em modo balada, aumenta para segmentos épicos e cíclicos com a intenção de agarrar de imediato. E conseguem o pretendido!
Com o power/heavy metal como base, é depois da intro que a banda abre todo um leque de influências e orientações que confundirá qualquer inimigo no campo de batalha – mas nunca os aliados mais espertos. Do power metal moderno do tema-título, com os sintetizadores em loop a ocuparem um espaço vital na forma como a música é preenchida ao lado de bateria e riffs rasgados, recuamos um pouco no calendário para ouvirmos “Through Stars” e toda a sua paleta à 80s no que toca a influências de hard rock, em que, novamente, a melodia da ala electrónica tem um cruzamento fortuito com o metal dos Unleash the Archers.
Sem olharem a limitações de estilo e abrindo as asas para chegarem onde quiserem, a quarta “Legacy” possui uma abordagem surpreendente, que ninguém espera, ao post-black metal atmosférico e etéreo através de uma barragem sónica compacta, partindo-se para “Return To Me” com a noção de death metal melódico e épico, quase folk, que se interliga com o power metal dos Unleash the Archers a dar finalmente ar de si numa união entre os dois subgéneros que foi muito evidente no trabalho anterior.
Pelo meio de todo um metal vigoroso de dentes arreganhados e garras expostas, “Soulbound” é, possivelmente, o tema mais energético e, claramente, um dos mais guerreiros do disco ao fundir power metal, death metal e mais electrónica numa lição de como se fazer heavy metal contemporâneo que pode ser catchy, e até meio poppy, sem nunca perder peso.
Com uma produção estupenda, que cria toda uma atmosfera envolvente e convidativa, “Abyss” é um registo com a roda sempre no ar, com solos pujantes e repletos de shredding meticuloso, mas também com algumas orquestrações cinematográficas (“Afterlife”, a fechar) e muita emoção, especialmente na pessoa de Brittney Slayes, uma vocalista poderosa e com uma gama vocal de fazer arrepiar, tamanha é a vontade e o talento com que se manda para a frente de um exército heavy metal sedento de vitória.

Metal Hammer Portugal

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