Till Die: sem tempo para tretas
Subsolo 10 de Agosto, 2020 Metal Hammer
Origem: Itália
Género: thrash/groove metal
Último lançamento: “Ruthless” (2020)
Editora: independente
Links: Facebook | Bandcamp
Entrevista e review: Diogo Ferreira
Com uma sonoridade afiada, os Till Die percorrem vários momentos do metal, desde o thrash ao groove, passando pelo crossover onde se inclui hardcore.
«Sem tretas neste sistema patético e fraco, mas implacável.»
Último lançamento: «Devido a uma série de problemas relacionados à formação da banda, o propósito de “Ruthless” foi pensado e ganhou vida após vários anos de gestação e passou a ser uma síntese do que, para nós, significa metal. As pessoas podem esperar um som poderoso feito de músicas fortes que têm apenas de ser tocadas ao vivo para fazer o público perder a cabeça no pit. Honestamente, não sabemos o que as pessoas podem esperar, mas para todos os que cresceram com o thrash metal, gostando ao mesmo tempo da lentidão e do peso típico do groove metal, só podemos dizer: escutem e façam-nos saber se as vossas expectativas foram atendidas, talvez dando-nos uma ajuda para o próximo trabalho que aí virá.»
Conceito: «Como já dissemos, este álbum é o resultado de uma gestação muito longa e cheia de problemas, por isso não pode ser considerado um álbum conceptual. No entanto, tentamos dar-lhe o máximo de continuidade e personalidade possível, tanto nos arranjos musicais como nas letras. A mensagem que gostaríamos de passar poderia ser sintetizada assim: sem tretas neste sistema patético e fraco, mas implacável. Só podem confiar nalgumas coisas, sejam verdadeiros e implacáveis… mas horns up!»
Sonoridade: «Ao contrário dos nossos trabalhos anteriores, caracterizados por uma composição mais complexa e tortuosa, “Ruthless” aponta para ser o mais simples e imediato possível, sem esquecer as nossas influências musicais. Basicamente, a nossa proposta musical parte do que a história do heavy metal criou quanto às secções thrash / groove / death, tentando envolvê-la em algo mais fresco, moderno e pessoal. Para que se entenda melhor no que consiste o nosso som, podemos percorrer rapidamente as músicas contidas no álbum. Por exemplo, em “Before I Die” prestamos homenagem ao groove dos Pantera, sem esquecer a influência de bandas como Slipknot e Children of Bodom. Poderíamos dizer que em “Anger of Angels” podem encontrar um pouco da maneira como os Devildriver tocam death metal melódico combinado com a fúria hardcore de Refused. A “Lack of Sleep” é uma boa mistura da atitude de Black Label Society do Zakk Wylde e o death metal sueco europeu, enquanto “The Price to Live” e “Lord of the Worms” prestam novamente homenagem aos Pantera e ao thrash metal dos anos 80/90, polvilhado com um pouco de southern rock. “The Gray Man” é a nossa versão actual de um ataque thrash metal, enquanto as duas últimas faixas do álbum, “The Falling” e “St. Paul”, seguem todas essas influências mencionadas, com uma reminiscência particular de Lamb of God, outra importante referência musical para o nosso som.»
Review: Thrash metal com acompanhamento de hardcore é sempre muito interessante de se ter num menu. É isso que estes italianos fazem, mas conseguem ir mais além ao introduzirem algum tecnicismo como surpresa, mesmo para embelezar o prato ainda mais. Faixas como “The Gray Man” vão fazer mesas e cadeiras voar, pois só assim se degusta esta iguaria em toda a sua plenitude. Se precisas de soltar as energias que estão a mais dentro de ti, então ouve Till Die.

Metal Hammer Portugal
Nachtblut “Vanitas”
Reviews Out 1, 2020
Second To Sun “Leviathan”
Reviews Set 30, 2020
Six Feet Under “Nightmares of the Decomposed”
Reviews Set 30, 2020
Amaranthe “Manifest”
Reviews Set 29, 2020
Kalahari: sensações fortes
Subsolo Out 1, 2020
Neither: no olho da escuridão
Subsolo Set 29, 2020
Fearless End: para consumir sem medo
Subsolo Set 23, 2020
Fast Crash: atitude livre
Subsolo Set 14, 2020