Shrapnel “Palace For The Insane”
Reviews 10 de Maio, 2020 João Braga
Editora: Candlelight Records
Data de lançamento: 15.05.2020
Género: thrash metal
Nota: 4/5
A música do quarteto de Norwich, Reino Unido, perfura-nos com uma intensa tempestade de riffs eufóricos e uma bateria realmente veloz e feroz.
Com um thrash metal rápido e personalizado, os Shrapnel lançam, neste ano de 2020, o seu terceiro álbum de estúdio intitulado “Palace For The Insane”. Tal como o nome (shrapnel = estilhaço), a música do quarteto de Norwich, Reino Unido, perfura-nos com uma intensa tempestade de riffs eufóricos e uma bateria realmente veloz e feroz.
Acabando por evoluir, sobretudo tematicamente, desde os seus discos anteriores, o credível “The Virus Conspires”, de 2014, e o inspirado “Raised On Decay”, de 2017, o grupo britânico acaba por recriar aquilo por que tanto se esforçou por criar no seu EP de 2019. “Palace For The Insane” consegue, de forma exímia, estender a passadeira para uma evolução sonora que o longa-duração de estreia não revelava, mas que “Raised On Decay” acabou por desvendar. Este terceiro disco apresenta um quarteto muito mais experiente com mais um lançamento na algibeira, apresentando um thrash metal melódico e rápido, ao mesmo tempo eficaz e brutal sem copiar os grandes ícones do género, tendo sempre em mente a importância desses mesmos ícones para a criação deste álbum, sendo exemplos Overkill, Flotsam & Jetsam e Municipal Waste.
No entanto, existe um grande esforço para personalizar a sua música com temas fortes, como “Future Sight”, com letras intensas e poderosas, com uma componente instrumental apoiada nas estridentes guitarras de Chris Martin e Nathan Sadd, com um final que quase nos faz imaginar uma longa jornada de descoberta final. A homónima “Palace For The Insane” e “Salt The Earth” mostram-nos a velocidade dos Shrapnel com um thrash de final dos anos 1980. Estas faixas demonstram uma das faces do grupo: um som rápido e muito thrash, dando-lhe um toque pessoal e inspirado nos grandes. “Might Of Cygnus” e “Begin Again”, apesar de apresentarem o estilo das supra-mencionadas, acrescentam uma tonalidade de epicidade devido à sua longevidade e a um dinamismo que faz com que estes temas variem significativamente, com diversas camadas de intensidade.
Os Shrapnel são um jovem grupo britânico que já completou uma década em 2019. Ao fim do terceiro álbum, o nível de evolução é ainda muito expansivo com um thrash metal mais épico e inteligente, com uma densidade maior. “Palace For The Insane” confirma o papel dos britânicos na actual indústria do metal, acabando por produzir um longa-duração que, claramente, se destacará nos concertos com intenso headbanging.

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