Com o novo álbum “Chaos” a sair a 30 de Outubro pela Rastilho Records e com um concerto no Hard Club...

Com o novo álbum “Chaos” a sair a 30 de Outubro pela Rastilho Records e com um concerto no Hard Club a 6 de Novembro, a Metal Hammer Portugal chegou à fala com Raça, o vocalista dos Revolution Within, que nos falou sobre esse espectáculo de apresentação do disco. «Nós temos muitos objectivos de vida enquanto banda. Um dos que nós tínhamos era, curiosamente, um dia reservarmos a Sala 1 [do Hard Club] e enchê-la. Sou capaz de concretizar esse desejo, mas não nas condições ideais – ou seja, a sala leva 1200 pessoas mas nestas condições actuais vai estar muito limitada, são 110 lugares, e neste momento já temos menos de 20 lugares [disponíveis]. Perspectivo que vamos ter casa cheia.»

Numa banda com 15 anos de existência e quatro álbuns na gamela, Raça é uma das caras e vozes mais conhecidas do underground português – seja em palco, no meio do público ou a vender merch dos Moonspell, o nortenho é presença notada em qualquer lado. «No dia em que achar que estou a ser um cancro para este meio, sou o primeiro a sair», atira. «Quem me conhece, sabe muito bem que a minha postura na banda é a minha postura no dia-a-dia. Integridade, humildade, amizade. É assim o Raça, é assim o Rui Alves. Portanto, quem nos conhece, sabe que a banda é a extensão da nossa vida. Atitude!»

«Já engolimos muita merda, já engolimos muitos sapos, mas o que é certo é que, nestes 15 anos, colhemos frutos e não há dinheiro que pague isso», reflecte sobre a carreira. «Isto é a nossa terapia, a nossa droga, o nosso remédio. Dizem que na vida devemos ter filhos, escrever um livro e plantar uma árvore. Eu tenho dois filhos, os meus livros são os meus discos e a minha árvore são os pequenos gestos e atitudes que tenho de bem no dia-a-dia e que me fazem sentir ser útil neste mundo. Já tive duas ou três pessoas que chegaram ao meu lado e disseram assim: ‘Raça, graças a vocês, quando eu estava numa fase merdosa em que me passou de tudo pela cabeça…’ [interrompe] Uma pessoa até chegou a falar em matar-se! E que a ouvir a nossa música – e não só a nossa, atenção! –, ponderou, pensou melhor… A música tem este poder! Às vezes fico um bocado frustrado que haja pessoas que, em vez de aproveitarem o que há de melhor na música, estão em guerras, em comparações e elitismos. Não vale a pena! A música é alegria, ou devia ser isso. O metal devia ser união!»

“Chaos” está disponível AQUI. Bilhetes para o concerto no Hard Club AQUI.

rastilho2 revolution within6