Com "Ephemeral Existence", os Outreach pretendem chegar a um vasto público, assim como trazer a mitologia à actualidade.

Género: symphonic metal
Origem: Espanha
Último lançamento: “Ephemeral Existence” (2019)
Editora: Nooirax Producciones
Links: Facebook | Bandcamp
Entrevista: Soraia Almeida | Review: Diogo Ferreira

Com “Ephemeral Existence”, os Outreach pretendem chegar a um vasto público, assim como trazer a mitologia à actualidade.

«Sabemos que é difícil destacarmo-nos no meio, mas vamos lutar por isso.»

Objectivos: «O nosso principal objectivo é chegar ao maior número de pessoas possível e não deixar ninguém indiferente. Sabemos que é difícil destacarmo-nos no meio, mas vamos lutar por isso. Esperamos que os nossos ouvintes tenham uma agradável surpresa ao descobrir o nosso propósito, no qual depositamos toda a nossa energia para que os nossos sonhos se tornem realidade.»

Conceito: «Vem tudo da mente louca da Nines. [risos] Basicamente, o tema principal é a mitologia grega, onde podemos relacionar e explorar a história e a personalidade de Ariadne, Teseo e o Minotauro, adaptando-o à nossa sociedade moderna para que as pessoas se possam identificar.»

Evolução: «Como é o nosso primeiro disco, ainda não posso falar sobre uma ‘evolução’. [risos] De qualquer forma, há alguns anos a nossa música era mais focada no metal moderno com alguns apontamentos sinfónicos, quando o Tony era o nosso compositor principal. E sim, mudámos definitivamente esse processo para que todos estejam envolvidos na composição, pois democracia é a chave! Mas estamos todos de acordo que a nossa música deve ser um contraste entre a agressividade e a elegância.»

Influências: «É difícil referir todas as influências, visto que todos temos backgrounds diferentes. Por exemplo, a Nines geralmente ouve mais música pop do que nós [risos], a Diva Satanica e o Reuben ouvem definitivamente mais metal tradicional, black metal, death, por aí. O Tony é louco por progressivo (Dream Theater, Periphery, Sikth), o Rafa está por dentro do death metal melódico e metalcore (In Flames, As I Lay Dying) e o Axel, o nosso novo baterista, vem de uma onda punk rock e hardcore. Relativamente ao impacto das nossas influências no som final, acho que conseguimos fundir todas as nossas influências, mesmo que saibamos que não soam como o início de Outreach quando começámos a compor. Simplesmente decidimos escrever as músicas e a ‘magia’ acabou por surgir mais tarde quando começámos a aperfeiçoar os temas.»

Futuro: «De momento estamos 100% empenhados em promover o nosso álbum, o nosso merchandise e a fazer toneladas de entrevistas. Estamos a tentar alcançar público fora de Espanha, como França, Portugal, Bélgica. Geralmente somos muito activos nas redes sociais e tentamos partilhar conteúdo todos os dias. Brevemente, iremos lançar um novo videoclipe e preparar os próximos concertos. Entretanto, vamos compor novo material, que irá com certeza ser ainda mais surpreendente do que este último, estejam preparados!»

Review: Estes vizinhos de Espanha têm em “Ephemeral Existence” um álbum debutante repleto de metal moderno que tanto percorre trilhos mais tensos e matemáticos como surge com uma sonoridade corrida que cruza metalcore com death metal. Enquanto a agressividade fica a cargo dos growls de Rocío Vázquez aka Diva Satanica, a ala mais alternativa e suave q.b. é comandada pela voz limpa de Maria Angeles Ortega aka Nines Bathory. Por seu turno, os colegas têm de ter a capacidade de pintar o fundo da tela contemporânea que é Outreach.

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