Os Judas Priest têm uma enorme pilha de novas músicas compostas para o sucessor de “Firepower”, de 2018, e o guitarrista...
Foto: Justin Borucki

Os Judas Priest têm uma enorme pilha de novas músicas compostas para o sucessor de “Firepower”, de 2018, e o guitarrista Glenn Tipton foi fundamental para o processo de composição, revela a banda na entrevista da nova edição da Metal Hammer.

Os deuses metal de Rob Halford estão a comemorar o seu 50º aniversário este ano, e os fãs de Priest terão brevemente o seu próprio motivo para comemorar, já que a banda está a compor a fundo aquilo que será o 19º álbum

«Começámos o ano a preparar a próxima obra-prima metal de Judas Priest», diz Rob Halford. «Tivemos uma grande sessão de composição em conjunto e temos uma enorme quantidade de material empilhado, o que é realmente incrível após a gloriosa resposta que tivemos ao “Firepower”.»

«Vai ser bom», insiste o baterista Scott Travis. «O Rob fica sempre animado com novas músicas, o que é óptimo, porque ele é um tipo muito criativo, e quando és tão criativo, naturalmente nunca descansas sobre os louros. Queres sempre fazer algo novo e divulgá-lo.»

Embora inevitavelmente atrasado devido às restrições impostas para combater a propagação da pandemia COVID, o processo de composição da banda para o novo álbum permaneceu essencialmente o mesmo, diz o guitarrista Richie Faulkner.

«Compilamos todas as nossas ideias, reunimo-nos e pomo-las na panela para ver o que cola», explica, «depois vemos o que ilumina a sala, vemos o que Rob agarra. Pode ser um riff no qual o Rob realmente põe os dentes, que inspire uma letra ou uma introdução, verso ou refrão, e de repente tens o núcleo de uma música».

Os fãs de Priest ficarão empolgados ao saber que o guitarrista Glenn Tipton continua tão profundamente imerso no processo como sempre.

«Parkinson é degenerativa», diz Richie Faulkner, reconhecendo a doença com a qual Tipton foi diagnosticado em 2008, «portanto fica cada vez pior e tens de continuar a tomar medicamentos para mantê-la sob controlo. Mas a melhor coisa com o Glenn é que ainda temos a sua mente. A sua mente ainda está esperta e as suas ideias ainda estão apuradas. Vou dizer-te uma coisa, pá – posso ter um riff ou uma parte ou uma secção e não sei o que é, mas falta-lhe alguma coisa. O Glenn dirá: ‘Tenta isto.’ E vou pensar: ‘Isso não vai funcionar. Estás maluco…’ E depois vou tentar e vejo que é o exacto contrário ou riff ou parte que precisava para tornar aquilo Judas Priest».

«Se ele estiver a ter um dia difícil com a guitarra, ele continua lá connosco, a surgir com ideias – quase num papel de produtor. E ele já está em algumas das faixas até agora. Mas se ele estiver a ter um dia mau com a guitarra, ele pode simplesmente mandar as suas ideias e, honestamente, é isso que, às vezes, faz a diferença.»

Andy Sneap, ex-guitarrista de Sabbat e Hell, que co-produziu “Firepower” com Tom Allom, foi novamente escolhido para substituir Tipton nas próximas actuações ao vivo de Priest.

Podes ler a entrevista completa aos Judas Priest na nova edição da Metal Hammer, que já está à venda. A edição também apresenta Rammstein, Mastodon, DevilDriver, System Of A Down, Perry Farrell e muito mais.

Consultar artigo original em inglês.
Mais sobre Judas Priest AQUI.