Com o EP “Seven Inches of Satanic Panic”, os Ghost, sempre dentro do seu universo ficcional, recuperaram duas composições gravadas há 50 anos, originando... [Exclusivo] Tobias Forge (Ghost): «Quero fazer um disco que ainda não tenhamos feito»

Com o EP “Seven Inches of Satanic Panic”, os Ghost, sempre dentro do seu universo ficcional, recuperaram duas composições gravadas há 50 anos, originando assim um lançamento com uma sonoridade psicadélica à sixties. Como terão sido os anos loucos de Papa Nihil nos Estados Unidos da América é algo que Tobias Forge também ainda não tem muito conhecimento, conforme revelou à Metal Hammer Portugal: «Ainda não sei muito, mas há muito mais na história que será revelado dentro de um ano. Quem quiser saber mais terá que ficar atento e tudo será revelado.»

Ao que se sabe, o próximo disco de Ghost terá de novo um Papa, mas se será Cardinal Copia o eleito, isso é algo que Forge tem mostrado entusiasmo mas com muito poucas revelações. «Espero que sim. Seria porreiro. Ainda não sabemos isso, mas veremos», comenta o sueco.

«Ainda só fiz a demo de uma música, mas foi uma boa indicação de que é mais uma canção que não se conhece, uma canção que ainda não se ouviu.»

Tobias Forge (Ghost)

Entretanto, já se tornou público que Tobias Forge entrará em estúdio no início de 2020 para dar um sucessor a “Prequelle” de 2018, deixando a ideia de que está muito confiante para esta próxima jornada e que tudo pode acontecer, mesmo que já tenha delineado a orientação básica daquilo que pretende. «Sei o suficiente para estar confiante por entrar em estúdio, mas uma vez que se entra em estúdio é um processo que ganha forma à medida que compões. Quero fazer um disco que ainda não tenhamos feito. Ainda faltam alguns meses para começar o trabalho a sério. Tenho muitas ideias. Ainda só fiz a demo de uma música, mas foi uma boa indicação de que é mais uma canção que não se conhece, uma canção que ainda não se ouviu. Penso que é uma boa indicação de que vai haver um novo álbum com novo material. Sei que é abstracto, talvez estranho, mas acontecem muitas coisas quando se está em estúdio. De repente tem-se outra ideia, de repente ‘uau!’, quando tudo funciona de outra maneira. Tenho a impressão do que quero fazer exactamente, sei os conceitos do disco, sei muitos dos detalhes do que quero lá ter. Se todas essas ideias conseguem entrar? Não sei. Mas sei o conceito básico do disco – sei como quero a capa, o título, as cores, sei como quero o palco na próxima vez, sei como as roupas provavelmente serão. Coisas assim. Eu sei isso.»

Com todo o sucesso que os Ghost obtiveram, e isso é por demais evidente a cada lançamento e digressão que passa, é nossa condição humana ter homem e artista a viver no mesmo corpo, ainda que seja quase obrigatório haver um certo distanciamento. Forge detalha: «Ghost é uma parte enorme da minha vida. A narrativa e o universo não são necessariamente uma enorme parte da minha vida. Mas claro que penso nisso a toda a hora. Como qualquer trabalho em progresso, tens que manter o foco nisso, mas também tens de te distanciar. Se queres ser um humano funcional, tens de te afastar um pouco também.»

Os Ghost têm encontro marcado com o público português a 10 de Dezembro na Sala Tejo da Altice Arena em Lisboa. Tobias Forge diz estar muito feliz por regressar tão rápido e por poder oferecer um espectáculo mais completo do que aquele desenvolvido na digressão com Metallica. «Estou muito contente por voltar tão cedo, porque por mais que tenha gostado de tocar com Metallica – e a digressão com Metallica é óptima –, mas obviamente não era um espectáculo [de Ghost], não era o espectáculo que queríamos levar a Portugal. E agora podemos regressar com todo o palco e tudo. E estou muito contente com isso, acho que vai ser um grande concerto.»

Podes ouvir a entrevista AQUI, assim como o unboxing do EP.