Bioscrape: extinção em massa
Subsolo 19 de Março, 2020 Metal Hammer
Origem: Itália
Género: groove metal
Último lançamento: “Havoc” (2020)
Editora: Ghost Record Label
Links: Facebook
Entrevista: Diogo Ferreira | Review: João Correia
O groove metal dos Bioscrape pode ser considerado alternativo, algo que os italianos querem definitivamente para si e para o seu som: ser-se alternativo e original.
«É no palco que nos expressamos da melhor maneira.»
Objectivos e “Havoc”: «O nosso objectivo é dar o salto para alcançar o máximo de pessoas possível com apresentações ao vivo, porque é no palco que nos expressamos da melhor maneira. “Havoc” é um conceito completo, trancado em quatro faixas nas quais tentamos alcançar novos limites e ideias, melhorando a nossa solidez sonora. “Havoc” é um decrescendo que leva o ouvinte a uma devastação imaginária, às suas consequências: nada.»
Conceito: «Cada um de nossos trabalhos é baseado em conceitos. Tomámos essa decisão desde o início e continuaremos a compor dessa maneira. Gostamos que todos os álbuns sejam – e assim serão – como uma história, com a sua própria identidade. “Havoc” descreve uma catástrofe hipotética que leva à extinção de todos os seres vivos em quatro etapas: a catástrofe em si e o fenómeno, morte, a extinção de todos os seres vivos, e o que resta, que é nada. Compor músicas como “Nil”, que descreve a desolação, não foi fácil, mas o E fez um trabalho fantástico.»
Evolução: «A nossa identidade sonora nasceu e foi desenvolvida para que Bioscrape não pudesse pertencer a um único género. Assim, a ideia era misturar todas as nossas influências musicais, criando um som que acreditamos ser algo muito original. De facto, muita imprensa compara-nos a nomes muito importantes (Fear Factory, Slipknot, Pantera), bandas muito diferentes entre si, portanto achamos que o nosso objectivo está a ser alcançado.
Para nós, o verdadeiro ponto de viragem foi a entrada de E no projecto, com a opção de deixar o baixo real e utilizar um baixo sintetizado. Com isso, permitimos que a guitarra tocasse apenas os riffs em vez de riffs e efeitos sonoros. De facto, em palco, o E não toca apenas baixo, mas também teclados e efeitos sonoros! Com essas escolhas, conseguimos trazer para cima do palco os sons de estúdio e vice-versa. Agora há uma comunicação perfeita e um relacionamento fantástico entre nós.
Todos nós temos influências musicais diferentes, também fora do metal, e todos tivemos educação musical diferente. As nossas referências são muitas para serem citadas! Obviamente, cada um de nós tem as suas influências, e misturamos todas as nossas diferenças na nossa música, para criar o som original de Bioscrape.»
Review: Praticantes de groove/alternative metal, em 2020 os italianos Bioscrape oferecem às massas “Demise”, tema incluído no seu novo registo. Ainda que menos complexa, “Demise” é uma ode a Gojira e a um punhado de outras bandas que seguiram o seu próprio caminho, abrindo, assim, novos trajectos dentro do metal extremo. Com as potentes linhas de guitarra, voz agressiva (mas inteligível) e a secção rítmica acima de sólida, podemos esperar um novo disco repleto de groove e ambição por parte dos Bioscrape.

Metal Hammer Portugal

Kabbalah “The Omen”
Reviews Jan 15, 2021
Satanize “Baphomet Altar Worship”
Reviews Jan 13, 2021
Dragony “Viribus Unitis”
Reviews Jan 12, 2021
Miss Lava “Doom Machine”
Reviews Jan 12, 2021
Lyonen: octanas de energia
Subsolo Jan 14, 2021
Chris Maragoth: âmago em pedaços
Subsolo Jan 14, 2021
Hurricane On Saturn: lutar e sobreviver
Subsolo Jan 14, 2021
Rich Davis: dança na chuva
Subsolo Jan 13, 2021