Vindos do estado norte-americano mais emocionante no que toca ao metal extremo (com nomes como Cephalic Carnage, Cobalt, Blood Incantation ou Wayfarer a liderar...

Origem: Estados Unidos
Género: black death
Último lançamento: ”Tribulation Requiems” (2017)
Editora: independente
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Entrevista e review: João Correia

Vindos do estado norte-americano mais emocionante no que toca ao metal extremo (com nomes como Cephalic Carnage, Cobalt, Blood Incantation ou Wayfarer a liderar as hostes), com “Tribulation Requiems” os Tirekrieger apostam no black death metal tradicional mais cru, sempre repleto de dentes.

«Podem esperar ouvir um toque refrescante com um som vintage, com partes iguais de melodia e brutalidade.»

O que esperar: «O principal objetivo da nossa criação, bem como do nosso lançamento de estreia, é uma oposição sónica a todas as religiões abraâmicas e um reavivamento das crenças pagãs dos nossos ancestrais. Podem esperar ouvir um toque refrescante com um som vintage, com partes iguais de melodia e brutalidade.»

Conceito: «O conceito do álbum baseia-se na premissa de que, quando os fanáticos dominam a terra, é inevitável um baptismo de fogo. A história tem-se repetido e assim continuará, muitas vezes com consequências terríveis.»

Influências: «As nossas influências musicais são demasiadas para listar, mas se não fosse o thrash teutónico, o death metal da velha guarda e as inúmeras bandas de black metal de todo o mundo, não existiríamos.»

Review: Ouvir Tierkrieger é regressar a um passado glorioso onde pontuam nomes como Sodom, Kreator, Destruction, Grave, Darkthrone (era “Soulside Journey”), Beherit e umas quantas lendas mais que gravaram o seu trabalho em pedra. Desinteressados em modas ou tendências, os Tierkrieger perpetuam um som clássico e bastante grave, por vezes com alguns resquícios de melodia, mas sempre com o espírito do death metal e do black metal da velha guarda em mente. Exemplo disso é “Blasphemonger”, um dos temas centrais de ”Tribulation Requiems” que alia os géneros descritos a uma sensação de blasfémia e impiedade sonora. A produção propositadamente crua e aguçada só auxilia a criar um ambiente de maior desconforto. Regressando ao início, e tendo os Tierkrieger como exemplo, não é por acaso que, actualmente, o Colorado é a capital norte-americana do underground. Daquele que ainda nos faz acreditar que o metal não tem de ter sempre a mesma fórmula velha e desgastada, portanto.