Poucos meses após o lançamento do LP “The Ghost of Orion”, os doomsters My Dying Bride fecham 2020 com o MLP “Macabre Cabaret”, acabado de...

Poucos meses após o lançamento do LP “The Ghost of Orion”, os doomsters My Dying Bride fecham 2020 com o MLP “Macabre Cabaret”, acabado de ser lançado pela Nuclear Blast.

Para assinalarem a data, os britânicos revelam o vídeo do tema-título, que podes ver acima.

Para percebemos como tudo decorreu para aqui chegarmos, a Metal Hammer Portugal conversou com o vocalista Aaron Stainthorpe sobre “Macabre Cabaret”. «Estas músicas foram gravadas ao mesmo tempo que as de “The Ghost of Orion”», esclarece. «Quando gravámos não sabíamos que músicas iam para o EP e que músicas iam para o álbum, mas sempre soubemos que gravámos demasiado para o álbum e o que ficasse para trás ia para o EP. O problema é que não conseguíamos concordar sobre que músicas iam para o EP e que músicas iam para o álbum, portanto perguntámos à Nuclear Blast se podiam tomar essa decisão. Os My Dying Bride só discutiam [sobre isso] porque são todas boas músicas. É difícil escolher o que vai e o que fica. Simplesmente deixámos que a Nuclear Blast o fizesse, e eles escolheram as músicas que acharam melhores para o álbum e as melhores para o EP. É uma escolha corajosa, porque muitas pessoas pensam: ‘Ok, se estas músicas não foram para o álbum, então devem ser mais pobres.’ Mas acho que não é o caso, porque quando a Nuclear Blast pensou em lançar o EP, queriam material forte para esse EP – caso contrário, não vende e toda a gente o vai detestar. Penso que escolheram muito sabiamente e ficámos com boas faixas para o EP.»

Com um conceito direccionado ao sexo e aos afectos, “Macabre Cabaret” e suas suas músicas são mais negras e sombrias do que as presentes no LP. «Gostamos de material realmente negro», responde quando questionado sobre se fizeram música para os fãs de My Dying Bride com coração mais enegrecido. «Quando se fala de música negra, isso não tem necessariamente de aterrorizar as pessoas. Julgo que tens de olhar para a alma das pessoas, encontrar coisas que façam o teu coração bater um pouco mais rápido. Muitas músicas heavy metal são sobre violência e esse tipo de maluqueiras, mas não para mim – gosto que seja mais sensível, e sempre escrevi nesse sentido, num estilo poético. Gosto de poesia e de introduzir poesia nas minhas letras, e espero que algumas pessoas que leiam as minhas letras possam ir ler poesia a seguir, o que seria excelente. Por vezes, a poesia permite-te falar sobre assuntos sensíveis de uma forma mais fácil, penso eu. Acho que também é por isso que temos um vasto público feminino. As raparigas gostam mesmo de My Dying Bride, e acho que isso é bom porque o mundo heavy metal é de homens, e se conseguirmos fazer algumas coisas que tragam mulheres para isto, então acho que é bom. Falar sobre assuntos mais sensíveis, como a paixão negra que tanto gosto de escrever, funciona muito bem, as raparigas gostam muito e acho que é, de facto, uma coisa boa.»

Lê a entrevista na íntegra AQUI.