O som, apesar de obviamente beber da tradição do black metal, soa acessível para ouvintes de outros géneros de música pesada, e isso dá-se...

Editora: Indie Recordings
Data de lançamento: 22.11.2019
Género: black/death metal melódico
Nota: 3.5/5

O trio australiano King retorna com o segundo disco “Coldest of Cold”, e o registo traz todos os requisitos para agradar aos fãs de um black metal bastante trabalhado, que apresenta elementos de prog metal em profusão, além de alguns toques de death e thrash.

Usando a melodia como fio condutor, o trio formado por Dave Hill (baixo e guitarra), Tony Forde (vocal) e David Haley (bateria) entrega uma sonoridade moderna e ao mesmo tempo enxuta. A banda não utiliza os tão comuns teclados e orquestrações que infestaram a cena black metal nos últimos anos e foca-se na guitarra que conduz caminhos que são amplificados pelo eficiente trabalho de baixo e bateria. O som, apesar de obviamente beber da tradição do black metal, soa acessível para ouvintes de outros géneros de música pesada, e isso dá-se principalmente devido à óptima produção e melodia omnipresente. Outro factor marcante na musicalidade dos King é o groove, que amarra tudo e faz com que as canções apresentem uma bem-vinda característica própria.

Por todos esses motivos, dá para classificar o trabalho do grupo como black metal melódico, uma seara que é realmente abrangente e abriga os mais variados nomes, mas que encontra em King, indubitavelmente, um dos seus representantes mais criativos. E sofrendo o risco de ser apedrejado pelos fãs mais radicais, sente-se até mesmo um clima meio Amon Amarth em canções como “In the Light of the New Sun” e “Ways of the Forest”.