Hino após hino, a novidade dos Frozen Crown é mais uma vitória.

Editora: Scarlet Records
Data de lançamento: 23.04.2021
Género: heavy/power metal
Nota: 4/5

Hino após hino, a novidade dos Frozen Crown é mais uma vitória.

Em poucos anos, cerca de quatro para sermos mais precisos, o casal composto por Federico Mondelli (guitarras) e Giada “Jade” Etro (voz) alcançou um sucesso astronómico no panorama heavy/power metal. Chegando ao terceiro álbum, intitulado “Winterbane”, a banda italiana apresenta-se com uma nova formação (o que não a faz destoar do que fizeram no passado) e com uma bagagem de quase 20 milhões de visualizações no Youtube ao combinarmos os singles do bem-recebido “Crowned in Frost” (2019) e da estreia com “The Fallen King” (2018).

Isto é muito, muito simples: Frozen Crown é a banda que melhor representa o power/heavy metal italiano na actualidade – e dizemos isto sem esquecer os vários projectos de Luca Turilli. Claro que uma apresentação bonita chama sempre a atenção, mas isso, por mais que seja a porta de entrada para o que quer seja, é só o pacote visto a olho nu. A imagem é importantíssima, sim (temos Ghost como exemplo), mas o que é isso sem talento? Marketing barato. Nada, portanto.

Bem, os Frozen Crown, que já são um sucesso e ainda são patrocinados por Herman Li (DragonForce), sustentam-se na carismática voz de Giada “Jade” Etro, que ampla e orelhuda incarna o que é ser-se um guerreiro (guerreira neste caso) do heavy metal, mas o bullseye da banda e deste “Winterbane” é especificamente Federico Mondelli com os seus leads saborosos, épicos e majestosos, bem como com solos frenéticos, memoráveis e tecnicamente impecáveis.

Hino após hino, com uma cover de “Night Crawler” (Judas Priest) pelo meio, a novidade dos Frozen Crown, que se rege mais pelo heavy metal tradicional do que por arranjos sinfónicos, é mais uma vitória. Sem saírem da sua zona de conforto e da sua fórmula, “Winterbane” pode não ser muito diferente, ou melhor, do que os álbuns anteriores, mas convence novamente pela atitude, pela musicalidade e pelas inteligentes noções melódicas – um refresco importantíssimo para o género.

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