Um álbum honesto, sentimental e original, que, com certeza, irá agradar à grande parte dos fãs de metal, rock e pop-rock.

Editora: Butler Records
Data de lançamento: 25.09.2020
Género: prog rock / art rock / doom rock
Nota: 4/5

Um álbum honesto, sentimental e original, que, com certeza, irá agradar à grande parte dos fãs de metal, rock e pop-rock.

Fleetburner é uma banda fundada em 2018 por Kevin Storm (em Equilibrium e Shining [Suécia] ao vivo) e Tomas Myklebust (Galar, Mistur), que se conheceram durante uma digressão. Para completar o line-up foram contratados o baixista Peter Iwers (ex-In Flames), o teclista Veli-Matti Kananen (Kalmah) e o vocalista Ken Simerly. Além dos músicos mencionados, há diversas participações especiais com: Christopher Amott (Dark Tranquillity, ex-Arch Enemy), Nils Courbaron (Sirenia), Masha ‘Scream’ Arkiphova (Arkona), Joni Snoro (Ephemerald) e Agnete M Kirkevaag (Madder Mortem).

O álbum homónimo debutante carrega diferentes influências musicais, transitando de forma fluida pelo progressivo, classic rock, heavy e black metal, além de momentos góticos e até pop, sendo este um dos diferenciais do trabalho, pois agradará a fãs de diversos estilos musicais.

A abertura acontece com a progressiva e triste “The Land”, que se inicia com um belo piano, criando uma atmosfera sombria que estará presente em todo o trabalho. As vozes de Ken são interessantes e, como músico advindo da pop, deu uma expressão muito diferente à música, sendo que em alguns momentos a sua tonalidade lembra a de Tony Kakko (Sonata Arctica).

Neste conjunto, há faixas que se destacam das demais por apresentarem elementos diferentes, como é o caso de “The Breakwater” e “The Endless”, que transitaram muito bem entre elementos do black metal, gótico e power metal. Para os fãs mais clássicos, as faixas “The Fleet” e “The Passenger” apresentam elementos do classic rock, com riffs de guitarra que remetem ao estilo, e um instrumental mais simples e directo, com a primeira a ser épica e com momentos em que te sentirás como um herói saído dos livros de fantasia.

Na questão técnica, temos um álbum consistente, com diferentes influências que foram muito bem mescladas para que não soem como uma miscelânea mas como uma unidade – a execução dos instrumentos é impecável. As participações especiais têm os seus papéis bem definidos e realizaram um excelente complemento às músicas. “Fleetburner” é um álbum honesto, sentimental e original, que, com certeza, irá agradar à grande parte dos fãs de metal, rock e pop-rock.

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