“Odyssey” é uma eficaz dicotomia entre o psicadelismo que explora sonhos e o peso do metal mais tenso.

Editora: The Sign Records
Data de lançamento: 07.05.2021
Género: stoner / doom / prog metal
Nota: 3.5/5

“Odyssey” é uma eficaz dicotomia entre o psicadelismo que explora sonhos e o peso do metal mais tenso.

Tida como uma banda de stoner/doom metal, Vokonis lança o quarto álbum “Odyssey” quase como se fosse o primeiro. Obviamente não é, mas há uma viragem de página ao sublinharem que se trata do primeiro registo em modo mais prog. Claro que as bases do stoner e do doom não desapareceram, e isso nota-se pelo arrastar quase lamacento de alguns segmentos protagonizados pelas guitarras em modo de condenação na onda de uns Candlemass e Saint Vitus antigos, mas, e à medida que as músicas do alinhamento se vão desenrolando, surgem novos elementos que invadem a sonoridade dos Vokonis, levando-os então a escaparates mais progressivos.

A dualidade entre a voz limpa à doom clássico e os vocais mais robustos a roçarem o sludge são de imediato dois componentes que saltam ao ouvido, originando duas profundidades distintas que elaboram uma narrativa bastante plausível. Por seu turno, à cadência stoner juntam-se partes mais etéreas e próximas do espacial que criam um ambiente algo transcendental, sendo isto tudo oferecido por várias camadas sonoras em que podemos ouvir a diversidade dos tons e distorções das guitarras que coloram todo o disco.

Solidamente, “Odyssey” é uma eficaz dicotomia entre o psicadelismo que explora sonhos e o peso do metal mais tenso, sempre com passagens abençoadas por melodias meditativas ao virar de cada esquina.

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