Sonicamente belos, os internacionais Tragul dedicam-se ao lançamento de singles para partilharem o seu symphonic metal mais rapidamente, mas um álbum...

Género: symphonic/power metal
Origem: internacional
Último lançamento: “The Hummingbird” (single, 2019)
Editora: independente
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Entrevista e review: Diogo Ferreira

Sonicamente belos, os internacionais Tragul dedicam-se ao lançamento de singles para partilharem o seu symphonic metal mais rapidamente, mas um álbum de estreia está ao virar da esquina.

«A arte é óptima – dá-nos a hipótese de conectar os nossos corações e mentes através dela.»

Objectivos: «Os nossos objectivos são sempre os mesmos: manter o contacto com os fãs de metal e compartilhar as nossas músicas com todos que gostam dela. O nosso último lançamento, “The Hummingbird”, é a música mais suave que já lançámos; de certa forma, é muito melódica, mas poderosa ao mesmo tempo. “The Hummingbird” é um tributo à divindade interior, à energia pura que vive dentro dos nossos corações e que é capaz de nos curar da tristeza, depressão, energias negativas e manter-nos longe das trevas. As nossas letras são sempre baseadas em coisas esotéricas. Tentamos oferecer sempre uma ferramenta espiritual para quem busca algo diferente do mundo material em que vivemos. A arte é óptima – dá-nos a hipótese de conectar os nossos corações e mentes através dela.»

Conceito: «Nunca lançámos um EP ou um LP. A nossa banda é baseada num formato de ‘música por música’, que nos permite lançar músicas sempre que quisermos em conjunto com um suporte visual muito forte, como videoclipes ou lyric-videos. De 2017 a 2019 lançámos nove músicas – dá para contar como um álbum, não é? [risos] Embora tenhamos lançado apenas singles, eles têm um forte conceito. A nossa música é baseada em mensagens espirituais, experiências internas pelas quais passamos, com a intenção de compartilhá-las e conectar-nos com todas as pessoas, e talvez dar aos fãs uma ferramenta musical para superar alguns problemas pessoais, usando as nossas mensagens como um trampolim para entender as coisas e pensar sobre a possibilidade de uma realidade interior além da experiência humana.»

Composição: «Tentamos sempre explorar novas formas e novos sons quando se trata de criar uma nova música; então, e olhando para trás, acho que os Tragul evoluíram e o som da banda tornou-se mais forte. Nunca pensei que quero soar assim ou que quero escrever como X compositor. O objectivo principal foi sempre explorar e divertir-me enquanto componho músicas. Uso isso como meditação. Para mim, compor é uma experiência muito rica, não apenas musical, mas espiritual também; então, quanto mais livre me sinto quando escrevo músicas, mais eu gosto.»

Influências: «Musicalmente falando, posso mencionar a forte influência de algumas bandas de metal, como Rhapsody (os originais), Nightwish, Sonata Arctica, Dionysus ou Stratovarius (os originais). Acho que essas bandas são as principais influências porque marcaram-me como compositor. A sua música inspirou-me durante muitos anos antes de começar a criar; por isso, é provável que encontrem algumas referências dessas bandas na música de Tragul.»

Futuro: «Agora, os Tragul estão a fazer uma pequena sesta. [risos] Estou a terminar a produção do meu primeiro álbum a solo, que tem as grandes vozes de Ralf Scheepers (Primal Fear) e Herbie Langhans (Radiant / Avantasia), entre outros grandes artistas. A Zuberoa também está a trabalhar no próximo álbum dos Diabulus In Musica. No entanto, os Tragul voltarão brevemente com mais singles, e porque não um álbum de estreia? [risos] Temos os nossos fãs sempre em conta e sabemos que muitos deles estão à espera de um álbum; portanto, porque não? Vamos revelar uma óptima notícia brevemente.»

Review: Grupo internacional dividido entre Paraguai, Espanha, EUA, Alemanha e Holanda, os Tragul têm apostado nos singles, tendo já nove em três anos de existência. Com o mais recente, que dá pelo título de “The Hummingbird”, os Tragul oferecem-nos metal melódico repleto de samples luzidios próximos da pop e uma voz operática providenciada pela espanhola Zuberoa Aznárez. Claro que isto torna-se uma composição metal através das esperadas guitarras densas e eléctricas. Indicado para fãs da cena sinfónica holandesa, com Epica e Delain à cabeça.