Crossover, punk, thrash, DIY - os Fast Crash são mesmo do undergound!

Origem: EUA
Género: crossover
Último lançamento: “Children Advisory Think Freely” (2020)
Editora: Spinnup
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Entrevista e review: Diogo Ferreira

Crossover, punk, thrash, DIY – os Fast Crash são mesmo do undergound!

«Todo o álbum tem um pouco de inclinação anarquista.»

Último lançamento: «Com o nosso primeiro álbum, numa cena metal muito saturada em Denver, o nosso principal objectivo era mostrar o nosso alcance e causar boa impressão. Todos temos uma formação musical muito diversa. Com este álbum, basicamente, queríamos cimentar o que é realmente o nosso som, ao mesmo tempo tendo-se uma ampla gama dentro desse estilo. Algumas músicas são mais pesadas, algumas são mais lentas, algumas são quase pop, mas esperamos que todas sejam reconhecíveis como sendo nossas.»

Conceito: «Achamos que o tema unificador deste álbum é a liberdade de expressão e acção. De “Don’t Call it Love”, sobre hedonismo e sexo casual, a “The Ghost of John Brown”, que aborda a liberdade literal da máquina industrial, todo o álbum tem um pouco de inclinação anarquista. Queremos mandar uma mensagem, mas tendo-se um pacote musical agradável que muda conforme necessário com os diversos temas. Ao fazermos um álbum DIY acabamos por ouvir muito do próprio material e fica claro onde é preciso melhorar. Toda a experiência deixou-nos muito mais próximos como banda.»

Evolução e referências: «Na altura em que o Jered se juntou à banda, o Joel e o Mario já tinham o seu som estabelecido, mas estavam a começar a levá-lo numa direcção mais agressiva. Isso combinou bem com o Jered, já que ele adora as vozes thrash. Quanto às influências musicais, temos inspiração lírica em bandas como System of a Down e Rage Against the Machine – bandas que conseguem traduzir uma forte afirmação política em canções sem perder a diversão musical. No que diz respeito ao musical, o nosso som inspira-se muito em bandas de crossover, como Suicidal Tendencies e DRI.»

Review: Com um som de garagem e uma produção ruidosamente crua, o som deste trio inclui-se nos campos do crossover, em que o punk e o thrash metal tantas vezes co-habitam em simbiose. Se estás com um espírito para o old-scool, simplicidade, honestidade e DIY, se queres voltar ao final dos anos 1980 mesmo estando em 2020, então Fast Crash é para ti. Metal e punk incorrupto e da velha-guarda – não há que enganar.