E da sempre prolífica piscina reprodutiva Australiana chegam-nos os ShreddeR com “Tortured Souls”, EP de estreia impressionante para uma banda com apenas dois anos... ShreddeR: salada de brita

Origem: Austrália
Género:  death/thrash metal
Último lançamento: “Tortured Souls” (2019)
Editora: HellFire Records
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Entrevista e review: João Correia

E da sempre prolífica piscina reprodutiva Australiana chegam-nos os ShreddeR com “Tortured Souls”, EP de estreia impressionante para uma banda com apenas dois anos de actividade. Quando descobrimos que a média de idade dos seus membros se situa abaixo dos vinte anos, começamos a levar a coisa muito mais a sério.

“Estamos a tentar mostrar ao mundo o que alguns adolescentes de Melbourne conseguem fazer.

O que esperar: «O nosso lançamento de estreia é um EP que mostra ao público o nosso melhor material. Os nossos objectivos eram criar música e dar concertos para as pessoas. Podem esperar muita agressão deste nosso EP.»

Conceito: «Estamos a tentar mostrar ao mundo o que alguns adolescentes de Melbourne conseguem fazer. Amamos o metal que tocamos e achamos que mostramos as nossas influências neste EP.»

Influências: «Actualmente estamos a escrever o nosso primeiro álbum. O nosso som evoluiu um pouco e as nossas composições progrediram. É difícil referir influências, até porque são muitas, mas vamos citar Persecution, Malevolent Creation e Demolition Hammer.»

Review: O termo certo para definir ShreddeR é “old school”, tão só e apenas. “Tortured Souls” é um diamante em bruto que nos agarra pelos colarinhos desde o primeiro instante com os seus punhos cerrados e prontos para nos encostarem à parede. É impossível não ouvir cada música deste EP sem sorrirmos de satisfação e alguma perplexidade: a juntar à tenra idade dos integrantes, a capacidade técnica e as influências complexas pelas quais se perderam de amores são impressionantes. No entanto, o pódio vai para “Purgatory”, “Enslavement” e “King Of Serpents”, que nos remetem directamente para uma certa banda chamada Sadus, com a sua agressão descomprometida, técnica sufocante e as influências claras de ilustres como Steve DiGiorgio (Death, Sadus, Testament) e demasiados mestres dos solos neste género para nomear. Seguramente uma das melhores ofertas do underground em 2019 oferecida por uma banda que não tardará muito a andar em digressão por todo o mundo. Isto porque o futuro pertence aos ShreddeR.