PIRANHA: metal com dentes
Subsolo 28 de Outubro, 2019 João Correia


Origem: Suíça
Género: NWOBHM/thrash metal
Último lançamento: “First Kill” (2019)
Editora: Ozmosis Records
Links: Facebook | Bandcamp
Entrevista e review: João Correia
Da Confederação Helvética chegam-nos os Piranha, banda de heavy metal/thrash revivalista que realmente parece residir nos anos 80, tal é a sensação de inocência e simplicidade lírica que nos oferecem e que pertence a esse período temporal em particular.
«Não cantamos sobre guerra ou chacina, mas mais sobre a vida, temas sociais e às vezes também coisas engraçadas.»
O que esperar: «Thrash metal da velha guarda misturado com NWOBHM e outras influências clássicas. Gostaríamos de tocar por toda a Europa e, esperemos, obter um contrato de licenciamento fora da ou na Europa.»
Conceito: «Não cantamos sobre guerra ou chacina, mas mais sobre a vida, temas sociais e às vezes também coisas engraçadas. A vida já é difícil o suficiente, logo, diverte-te a ouvir Piranha! Não existe um conceito no álbum, é música que ouvimos e continuámos a ouvir desde os anos 80 e consegues perceber bem as influências com que crescemos.»
Influências: «Muita gente refere-nos imensas influências que ouvem na nossa música: Exodus, Slayer, Razor, Iron Maiden, Destruction, até Mercyful Fate por causa das guitarras. Uns dizem Kreator; um deles disse até que as vozes lembram Abbath! Nem ouvimos essas bandas. Compomos exclusivamente juntos, logo, não somos tão rápidos a criar novas faixas, mas sempre que lançamos uma, é puro PIRANHA e ouve-se a influência de cada músico em cada faixa. Se gostas de thrash clássico e o melhor do que as primeiras bandas do NWOBHM nos ofereceram, esta música é para ti! A produção também soa mais a 1985 do que a de muitas bandas novas. O assinatura dos PIRANHA reside no André (voz), é facilmente reconhecível. As músicas são feitas cuidadosamente e cada faixa tem a sua própria personalidade. As novas músicas seguirão essa onda.»
Review: Poderá ser coincidência, mas qualquer fanático da velha guarda reconhecerá toques clássicos na música dos Piranha. Tomemos como exemplo a música “Target Failed” – é um tema em que nada é ignorado, da letra simples sobre alguém a pedir boleia e um desvio que faz o condutor ter de responder ao apelo da mãe natureza atrás de uma árvore, à música que mistura de forma interessante o heavy tradicional entre 1980 e 1984, bem como a voz de André Ellenberger a fazer lembrar nomes clássicos do speed/thrash metal (com os Living Death e os Exodus a levarem a taça). A ausência de seriedade ajuda a pontuar num registo que se apresenta como juvenil e despreocupado.

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