Cro-Mags “From The Grave” (EP)
Reviews 2 de Dezembro, 2019 Filipe Pinto


Editora: Arising Empire / Victory Records
Data de lançamento: 06.12.2019
Género: hardcore / crossover
Nota: 3.5/5
«I will be touring as Cro-Mags, celebrating the 30-year anniversary of the Cro-Mags “Best Wishes” album. I own the trademarks for Cro-Mags and Cro-Mags is who I am. I created the name Cro-Mags in 1981 and (…) I have been Cro-Mags ever since, (…). I am CRO-MAGS.» Foram estas as palavras que Harley Flanagan deixou na página de Facebook da banda, e estava na ordem do dia mais um episódio da querela que o opunha a John Joseph (que não participou em “Best Wishes”). A disputa ficou resolvida alguns meses depois, ficando Flanagan com os direitos sobre Cro-Mags, enquanto Joseph designaria o seu projecto como Cro-Mags ‘JM’.
Os primeiros resultados pós-celeuma chegaram com o EP “Don’t Give In”, vários concertos pelos EUA e a digressão europeia de promoção a esse trabalho a comemorar os trinta anos de “Best Wishes”. Poucos meses volvidos, voltam à carga com este “From The Grave”, mais três temas carregados de raiva e energia, desta vez apadrinhados por Phil Campbell a dar o seu som de guitarra ao tema-título, numa conjugação bem conseguida com a cavalgada bruta e javardola que a banda tem. Um grande tema a incluir nas próximas setlists, certamente. “PTSD” é mais uma descarga que leva tudo à frente e segue a linha das composições que temos acompanhado ao longo deste ano, bebendo muito dos tempos de “Age Of Quarrel”, com uma faceta punk muito vincada. A fechar, “Between Wars”, um instrumental de quase seis minutos, em que a toada mid-tempo e a omnipresença do violoncelo de Carlos ‘Lamont’ Cooper, músico que Flanagan encontrava diariamente a tocar em Penn Station (Nova Iorque) e convidou para participar neste novo trabalho, mostram os Cro-Mags a pularem a cerca e a fazerem uma das coisas que caracterizou “Best Wishes” e o tornou um clássico: pontes com outros estilos, acondicionando-os no seio da sua emergência sonora e lírica, e devolvendo-os ao mundo numa linguagem muito própria, muito sua, e que após quase 35 anos dos primeiros estilhaços continuam a ser uma grande banda de culto, sobrevivendo aos mais duros cenários.

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