Wizzo: erva, carrinhas, morte e destruição
Subsolo 3 de Novembro, 2020 Metal Hammer


Origem: EUA
Género: stoner rock / doom metal / hard rock
Último lançamento: “Wizzo” (2020)
Editora: independente
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Com base no stoner rock e com pitadas de doom metal e hard rock, os Wizzo trazem-nos a sua gama de dinâmicas inspiradas em erva, carrinhas, morte e destruição.
«Podem esperar uma ampla gama de dinâmicas, desde sludge esmagador a psicadélico pesado e espacial.»
O álbum: «Podem esperar uma ampla gama de dinâmicas, desde sludge esmagador a psicadélico pesado e espacial. Os sons são baseados numa onda stoner que abrange algumas pitadas de doom.
O nosso objectivo era criar algo novo e fresco ao mesmo tempo que mostramos a nossa influência colectiva. A ideia inicial, quando nos reunimos para tocar pela primeira vez, era apenas diversão e criar algo mais directo e simplista. Imediatamente, os estilos dos membros da banda começaram a fundir-se e criou-se algo muito único. Escrevemos o primeiro lote de canções que compõem este álbum rapidamente e começámos a gravá-las enquanto dávamos concertos com grandes bandas como Church of Misery, Pentagram, The Skull, King Buffalo, Kadavar, Ruby the Hatchet, entre outras.»
Conceito: «Os conceitos do álbum têm origem em erva, carrinhas, morte e destruição. Musicalmente, o ouvinte é levado por uma viagem de montanha-russa. Ainda assim, entre os picos e vales, os sons mantêm uma onda muito nostálgica e acessível. O conteúdo lírico ajuda a pintar uma representação visual do som. O som é negro mas claro ao mesmo tempo. No meio do desespero e do isolamento está a esperança.»
Sonoridade: «O som da banda vem da experiência única e da história dos seus membros. Somos influenciados uns pelos outros e pelas outras bandas com as quais tocamos. Essas experiências juntam-se em algo completamente diferente do que fazemos noutras bandas. O som de Wizzo formou-se naturalmente com a mistura de estilos individuais e muito diferentes de cada membro.
O Quentin, o vocalista, também produziu e gravou o disco. O seu recente trabalho com bandas como The Skull e Blacksites deu o tom de como a produção seria abordada. O Garry Naples (Novembers Doom, Without Waves) traz uma camada rítmica única e profunda para a música. A sua bateria é simplesmente incrível com uma gama bastante ampla. O Kyle Tuggle tem um amor por carrinhas vintage e stoner rock. Como o seu baixo é a fundação da banda, é inevitável que Wizzo tenha uma onda muito stoner. Também queríamos incluir bons trabalhos de guitarra. Os solos de guitarra do RB Green estão profundamente enraizados na cultura e onda rock e blues de Chicago – isso é transparecido no disco. O alcance vocal e a história do Q noutras bandas vão do black metal gutural ao soft rock. Misturem tudo isso e o resultado é simplesmente Wizzo.»
Review: De um stoner roqueiro a ambientes espaciais, os ouvintes destes norte-americanos podem esperar uma dinâmica interessante que chega até ao hard rock e a algum rock alternativo. Baseados em estilos por demais conhecidos do grande público, os Wizzo pretendem ainda assim renovar essas sonoridades, atraindo até fãs de shredding com solos/leads intensos em faixas como “Electric Lettuce”. Em suma, todo um revivalismo de cara moderna e refrescante que, mesmo assim, continua a possuir aquela toada suja tão inerente ao género musical.

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