Da Eslováquia, OzNor pretende andar para trás no tempo e relatar vários acontecimentos através do seu heavy metal / hard rock...

Origem: Eslováquia
Género: heavy metal / instrumental
Último lançamento: “Sea of Stars” (2021)
Editora: independente
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Da Eslováquia, OzNor pretende andar para trás no tempo (do Império Romano e mitologia da Suméria aos Vikings e resistência à União Soviética) e relatar vários acontecimentos através do seu heavy metal / hard rock instrumental em que reina a guitarra que transmite leads cativantes, solos e shredding memoráveis.

«Que histórias as estrelas poderiam contar-nos se pudessem falar?»

Novo lançamento: «”Sea of Stars” é um álbum de heavy metal instrumental, como foi a estreia “Stormbringer”. Consiste em 10 músicas e uma música de introdução mais curta. Há músicas rápidas (“Rouse”, “Clash of the Giants”), outras mid-tempo (“Dragons of the Endless Seas”, “Passion, Love & War”) e uma balada (tema-título). Todas as músicas são instrumentais, com a guitarra-solo ao centro a ser abraçada pelas guitarras-ritmo com riffs metal apoiados por baixo e bateria. Não esperem um domínio virtuoso de shredding e alta velocidade pelo braço da guitarra. O objectivo era levar a música às pessoas para que pudessem ouvi-la durante algumas atividades ou simplesmente sentar, relaxar e talvez sonhar.»

Conceito: «Embora o lançamento seja metal instrumental, foi inspirado em acontecimentos históricos e mais além.
A introdução “Flaming Hearts” abre o álbum e prepara o início rápido de “Rouse”, que é dedicada aos combatentes húngaros pela liberdade em 1956 contra a ditadura soviética. A mid-tempo “Dragons of the Endless Seas” é inspirada por, adivinhem, vikings, cujos navios-dragão navegaram pelos mares em direcção a terras desconhecidas. “Last Sunset” fala da Batalha de Mohi, em 1241, entre o reino húngaro e as hordas mongóis – foi o último pôr-do-sol para os defensores do reino húngaro. “House of Dust” leva-nos à mitologia da Suméria.
“Passion, Love & War” é inspirada no príncipe Christian de Braunschweig, conhecido dos acontecimentos da Guerra dos 30 Anos. Christian estava apaixonado pela princesa inglesa Elizabeth, que acabou por usá-lo. O príncipe morreu mais tarde sozinho e arrasado. Em toda guerra existe também uma história de amor não-correspondido.
“Knights of the Desert” é dedicada ao Império Parta (247 AC – 224 DC), que existiu no Médio Oriente e que pode ser visto como a outra parte do Império Romano.
“Falling Star” recorda que tudo tem um início e um fim. Alfa e ómega contam em todos os aspectos da nossa vida. Até a estrela mais brilhante desaparecerá.
“Clash of the Giants” é inspirada em lendas sobre gigantes e deuses e as suas lutas.
“The Bird, the Mouse, the Frog and the 5 Arrows” é inspirada nos escritos de Heródoto. Durante a tentativa persa de conquistar os citas, Dário recebeu presentes dos citas: um pássaro, um rato, uma rã e cinco flechas. Dário pensou que tinha subjugado os citas, mas, na verdade, queriam dizer: “Se não se tornarem pássaros e voarem para o céu, ou ratos e se enterrarem no solo, ou sapos e saltarem para os lagos, então nunca voltarão a casa porque serão abatidos por estas flechas.
O tema-título é dedicado a todos os impérios ao longo da História que alcançaram a glória, mas que também desapareceram. Que histórias as estrelas poderiam contar-nos se pudessem falar?»

Influências: «É difícil responder. Acho que toda a gente procura sempre o melhor som possível durante a criação de um álbum. Eu queria ter guitarras-ritmo distorcidas com baixo e guitarras-solo adequadas. A minha música pode ser inspirada por uma variedade de géneros metal (heavy, trash, black e por aí fora) e rock clássico.»

Review: Com influências que vão do heavy metal tradicional ao hard e clasic rock, com um ou outro toque de prog aqui e ali, este artista eslovaco propõe-se a recordar impérios e regimes antigos através de música instrumental em que, escusado seria dizer, reina uma guitarra virtuosa e desembaraçada que salpica as várias composições com leads cativantes, solos melódicos e técnicos, alguns efeitos para adocicar a experiência, e, claro, momentos de shredding memorável. Indicado para fãs dos melhores guitarristas de sempre, do passado ao presente.

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